sábado, 15 de outubro de 2016

O crime do Menino da Caixa


Olá amigos e amigas. No texto de hoje falaremos sobre um misterioso crime que chocou a Filadélfia - EUA, nos anos 50. O crime é muito conhecido em todo os EUA como Boy in the Box, e aconteceu no ano de 1957. No dia 25 de Fevereiro de 1957, no bairro de Fox Chase na cidade da Filadélfia, Pensilvânia, foi encontrado o corpo de um menino, com cerca de 4 a 6 anos de idade, dentro de uma caixa de papelão. A criança e o criminoso que a executou nunca foram identificados.

O corpo do menino estava enrolado em um cobertor xadrez, foi encontrado deitado de barriga para cima dentro de uma grande caixa de papelão a poucos metros de uma estrada. A caixa era de um fabricante de berços, JC Penney. O corpo estava limpo e seco. Os braços do menino foram cuidadosamente dobrados em sua barriga. As unhas tinham sido recentemente cortadas. Seu cabelo tinha sido cortado recentemente, aparentemente a pessoa que o fez queria esconder a identidade da criança. Pequenos aglomerados de cabelo cortado agarram-se a todo o corpo da vítima, sugerindo que alguém havia cortado o cabelo do menino enquanto ele já se encontrava nu, provavelmente pouco antes ou imediatamente após a morte. Houve muitas contusões por todo o corpo da criança, principalmente na cabeça e face. Todas as feridas pareciam ter sido causadas ao mesmo tempo. Apesar de recentes investigações de DNA , o crime permanece sem solução.

O crime


O corpo foi encontrado por primeiro por um jovem que estava no local verificando suas armadilhas para caçar coelhos. Temendo que a polícia confiscasse suas armadilhas, ele não relatou o assunto. Poucos dias depois, um estudante universitário viu um coelho correndo para o mato. Sabendo que havia armadilhas para animais na área, ele parou o carro para investigar e descobriu o corpo. Ele também estava relutante em ter qualquer contato com a polícia, mas decidiu se procurar a polícia no dia seguinte.



O caso atraiu grande atenção da mídia na Filadélfia e do Vale do Delaware, com fotos do menino, mesmo sendo colocados em cada conta de gás, na Filadélfia. No entanto, apesar da enorme publicidade na época e re-interesse esporádico ao longo dos anos, o caso permanece sem solução até hoje, e identidade do garoto ainda é desconhecida.


Hipóteses

Como em todos os casos policiais sem solução, o caso do Menino da Caixa também gerou diversas teorias para o crime, que volta e meia volta a ser estudado. Atualmente duas hipóteses são aceitas para a solução do caso.


Lar adotivo

A primeira teoria envolve um lar adotivo, que ficava a aproximadamente 1,5 quilômetros do local da descoberta. Em 1960, Remington Bristow, um funcionário do escritório do médico legista que obstinadamente estudou o caso até a sua morte em 1993, contatou uma médium de New Jersey. Ela disse a Bristow para procurar uma casa, cujo aspecto se parecia com o lar adotivo. Quando a médium foi levada para o local da descoberta do corpo na Filadélfia, ela levou Bristow direto para o lar adotivo.

Ao investigar o lar adotivo, Bristow descobriu um berço similar ao vendido pela JC Penney, e cuja caixa havia sido usada para ocultar o corpo do menino. Ele também descobriu cobertores pendurados no varal semelhante àquele em que o corpo do menino tinha sido envolvido. Bristow acredita que a criança pertencia à enteada do homem que dirigia o lar adotivo. Segundo a teoria de Bristow a criança teria sido morta, talvez pelo administrador do lar adotivo, para que a sua enteada não ficasse taxada como uma mãe solteira, lembrando que ser mãe solteira naquela época seria um grande estigma social para qualquer jovem. Bristow não descartou que que a morte do garoto pudesse ter sido acidental, talvez ele sofresse abusos físicos e numa dessas seções de espancamentos os agressor (a) possa ter exagerado e causado a morte da criança. Apesar desta evidência circunstancial, a polícia não conseguiu encontrar quaisquer ligações concretas entre o Boy in the Box e a família que administrava o lar adotivo. Em 1998, o tenente da polícia da  Filadélfia, Tom Agostinho, que estava no comando de um grupo de investigação que analisavam casos antigos não desvendados, entrevistou o senhor que cuidava do lar adotivo e sua enteada. A entrevista parecia confirmar-lhes que a família não estava envolvido no caso, e a investigação a respeito da teoria do lar adotivo é considerado fechado.  De acordo com um teste de DNA, a enteada foi descartada como sendo a mãe do menino.

A teoria de "M"

A segunda teoria foi apresentada em Fevereiro de 2002 por uma mulher identificada apenas como "M". Ela alegou que sua mãe abusiva comprou o menino da caixa, cujo nome seria "Jonathan", de seus pais biológicos, no verão de 1954. Posteriormente, o jovem foi submetido a abuso físico e sexual. Segundo o relato de "M", o menino teria sido morto após um ataque de raiva da sua mãe, que teria arremessado diversas vezes a criança contra o chão, depois que ele vomitou na banheira. A mãe de "M" em seguida, cortou o longo cabelo do menino e jogou o corpo do garoto na área Fox Chase, que na época não era muito habitada. "M" chegou a dizer que, quando elas estavam deslocando o corpo do menino, já dentro da caixa de papelão, um motorista teria se oferecido para ajudar. A mãe de "M" teria recusado a oferta de ajuda, e o motorista deixou o local. 

Esta história coincide com o depoimento confidencial dado por uma testemunha masculina em 1957, que falou ter visto duas mulheres manipulando uma caixa de papelão no local em que o corpo do menino foi encontrado. A polícia considerou a história bastante plausível, mas estavam preocupados com o testemunho "M", pois ela tinha um histórico de doença mental. Quando entrevistados, os vizinhos que tiveram acesso à casa de "M" e sua mãe na época do crime do Menino da Caixa negaram que tivesse vivido um jovem menino naquela casa. Todos vizinhos entrevistados afirmaram que as declarações de "M" eram ridículas.



O caso do Menino da Caixa na televisão o caso do Menino da Caixa foi exibido na televisão norte americana na série América Most Wanted. As séries de televisão Cold Case, CSI: Crime Scene Investigation e Law & Order: SVU todas apresentaram o caso em algum episódio, apresentando para ele uma solução fictícia.

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