quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Após cirurgia estética na Venezuela, Brasileira morre e corpo volta sem órgãos


A Polícia Federal investiga o caso de duas brasileiras que podem ter sido vítimas de tráfico de órgãos na Venezuela. Uma das vítimas foi fazer uma cirurgia estética, morreu e o corpo voltou sem vários órgãos. A história foi revelada no Bom dia Brasil, da TV Globo.

Essa cirurgia plástica foi na Venezuela. Os parentes só descobriram que tinham retirado os órgãos da mulher quando o corpo chegou ao Brasil. É um caso que se enquadra na nova lei. Antes, só era punido o tráfico para exploração sexual ou trabalho escravo. Agora, quem aliciar, transportar ou alojar pessoas de forma violenta para retirada de órgãos pode pegar até 8 anos de prisão.

O corpo de Adelaide da Silva estava sem o coração, os pulmões, os rins e o intestino. Ela morreu na Venezuela, aos 52 anos. Tinha ido para lá para fazer plástica. A polícia de Roraima, de onde ela era, disse que está investigando a causa da morte e a retirada dos órgãos dela e de uma paciente do Amazonas, que teria tido o corpo liberado sem um rim.

“Um inquérito Policial Federal que busca esses elementos, busca a autoria, quem é que está envolvido nessas mortes, nessa prática de crime, que mesmo ocorrendo no exterior, tem um envolvimento, pode haver envolvimento de brasileiros e há um interesse da Polícia Federal, em razão da internacionalidade, de que o Brasil se comprometeu a combater esses crimes e apurar a materialidade”, afirmou o delegado da Polícia Federal de Roraima, Alan Róbson.

A polícia quer chegar aos aliciadores que convenceram as mulheres a fazer as cirurgias. Quem está por trás dessas clínicas clandestinas? Há suspeita de que esses sejam casos de tráfico de órgãos que tem crescido no mundo inteiro. Um crime que agora está previsto no Código Penal brasileiro, que também criminalizou o aliciamento..

Entre 2012 e 2013, o Ministério Público recebeu quase 1.800 denúncias relacionadas ao tráfico de pessoas em todo o Brasil. A maior parte era relacionada ao trabalho escravo. Até o fim do ano passado, o disque 100 recebeu 121 denúncias de tráfico de pessoas.

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