Doença? Ataque de nativos hostis? Uma fuga desesperada? Ou teria sido algo mais sinistro e inexplicável?
Roanoke é um mistério que talvez jamais seja desvendado, mas existem conjecturas e os estudiosos continuam em busca de uma explicação convincente que ajude a solucionar esse enigma. Paralelamente aos fatos científicos explorados, crendices e superstições reivindicavam seu lugar como responsáveis pelo destino da colônia inglesa.
A tragédia da Colônia Perdida ocorreu na pequena Ilha de Roanoke, na costa da Carolina do Norte.
A fundação de Roanoke é bem conhecida e está bem detalhada em fatos e documentos históricos. Em 1584 o aventureiro britânico Walter Raleigh recebeu uma concessão territorial da Rainha Elizabeth. A missão de Raleigh era estabelecer o primeiro povoado europeu na Colônia americana da Virgínia e iniciar o processo de ocupação das terras no Novo Mundo.
Raleigh explorou a região e navegou a costa da Carolina do Norte em 1585, em busca de um local onde os colonos pudessem se estabelecer. Ele escolheu a Ilha de Roanoke pela sua localização estratégica, e estabeleceu que aquele era o local ideal para a construção do assentamento.
No ano seguinte, dois navios ancoraram na costa com a primeira expedição. Composta de soldados veteranos e liderada por Sir Richard Grenville, um brutal comandante que lutara na Irlanda, o grupo se embrenhou na mata (apenas como curiosidade Grenville é um dos companheiros de viagem do personagem fictício Solomon Kane).
Sir Walter Raleigh foi um dos mais famosos aventureiros de sua época, um dos corsários britânicos que pilhava os navios do Spanish Main, a rota de preciosidades obtidas pelos espanhóis na América. Entre suas realizações está a exploração do Rio Amazonas.
No ano seguinte, dois navios ancoraram na costa com a primeira expedição. Composta de soldados veteranos e liderada por Sir Richard Grenville, um brutal comandante que lutara na Irlanda, o grupo se embrenhou na mata (apenas como curiosidade Grenville é um dos companheiros de viagem do personagem fictício Solomon Kane).
Sir Walter Raleigh foi um dos mais famosos aventureiros de sua época, um dos corsários britânicos que pilhava os navios do Spanish Main, a rota de preciosidades obtidas pelos espanhóis na América. Entre suas realizações está a exploração do Rio Amazonas.
Os homens exploraram o interior da ilha e estabeleceram um contato à princípio cordial com os nativos que habitavam o local. Começaram a derrubar árvores e a construir um forte na praia. Mas logo as dificuldades começaram a se multiplicar: a falta de comida, doenças tropicais e um sentimento de hostilidade para com os nativos levou os colonos ao desespero. Grenville ordenou que os nativos entregassem sua comida e quando estes se negaram mandou os homens saquear e atear fogo à aldeia deles. Apesar das grandes dificuldades, a construção do forte foi concluída.
Em 1597, um novo grupo de colonos foi trazido para erguer o povoado, que teria o nome de Vila de Ralegh. Essas famílias de pioneiros haviam concordado em viajar para o Novo Mundo em troca de 500 acres e participação nos lucros da colônia. Liderados por John White, um amigo de Raleigh que havia acompanhado as expedições anteriores à Roanoke, o grupo tinha por incumbência substituir os quinze homens deixados por Grenville como vigias do forte, e encontrar um local para o assentamento mais ao norte.
Ao desembarcar em Roanoke, acompanhado por 40 homens, John White esperava fazer contato com os guardas deixados por Grenville no forte. Todavia, depararam-se com o forte devastado e nenhum sinal de seus habitantes, exceto o esqueleto de um deles. Não havia sinal dos demais e tudo indicava ter havido uma luta feroz.
White e os colonos optaram por se estabelecer na Ilha de Roanoke e aproveitar a proteção ainda que frágil do forte. Casas foram erguidas e um pequeno vilarejo floresceu com o trabalho duro dos colonos. Os exploradores adotaram um índio de nome Manteo, que reestabeleceu um contato diplomático com os nativos cesando ao menos temporariamente as disputas. Manteo foi catequizado e declarado Lorde de Roanoke, como recompensa por serviços prestados a Coroa.
Apesar de superar as primeiras dificuldades, a colônia carecia de suprimentos para prosperar e se esses não fossem providenciados tudo estaria perdido. Foi decidido que White seguiria de volta para a Inglaterra e retornaria com mais pessoal e suprimentos. Sua família, que incluia a neta nascida na América, ficaria para traz, ansiando pelo seu retorno.
Em 1597, um novo grupo de colonos foi trazido para erguer o povoado, que teria o nome de Vila de Ralegh. Essas famílias de pioneiros haviam concordado em viajar para o Novo Mundo em troca de 500 acres e participação nos lucros da colônia. Liderados por John White, um amigo de Raleigh que havia acompanhado as expedições anteriores à Roanoke, o grupo tinha por incumbência substituir os quinze homens deixados por Grenville como vigias do forte, e encontrar um local para o assentamento mais ao norte.
Ao desembarcar em Roanoke, acompanhado por 40 homens, John White esperava fazer contato com os guardas deixados por Grenville no forte. Todavia, depararam-se com o forte devastado e nenhum sinal de seus habitantes, exceto o esqueleto de um deles. Não havia sinal dos demais e tudo indicava ter havido uma luta feroz.
White e os colonos optaram por se estabelecer na Ilha de Roanoke e aproveitar a proteção ainda que frágil do forte. Casas foram erguidas e um pequeno vilarejo floresceu com o trabalho duro dos colonos. Os exploradores adotaram um índio de nome Manteo, que reestabeleceu um contato diplomático com os nativos cesando ao menos temporariamente as disputas. Manteo foi catequizado e declarado Lorde de Roanoke, como recompensa por serviços prestados a Coroa.
Apesar de superar as primeiras dificuldades, a colônia carecia de suprimentos para prosperar e se esses não fossem providenciados tudo estaria perdido. Foi decidido que White seguiria de volta para a Inglaterra e retornaria com mais pessoal e suprimentos. Sua família, que incluia a neta nascida na América, ficaria para traz, ansiando pelo seu retorno.
Com a partida do comandante, a história dos eventos ocorridos na colônia tornaram-se um trágico mistério. Os planos de White, de retornar à Roanoke rapidamente foram frustrados pelo recrutamento das forças navais inglesas. Todos os navios disponíveis teriam de se engajar na Guerra contra a Espanha. A grave ameaça da Invencível Armada tornava tudo secundário.
Três anos se passaram sem que John White conseguisse organizar uma nova expedição para o Novo Mundo. Em 1590, utilizando-se do que restara de sua influência perante a corte, White conseguiu embarcar para a colônia, sem os pleiteados suprimentos e pessoal. Ele era um simples passageiro desejoso de reencontrar sua família.
Três anos se passaram sem que John White conseguisse organizar uma nova expedição para o Novo Mundo. Em 1590, utilizando-se do que restara de sua influência perante a corte, White conseguiu embarcar para a colônia, sem os pleiteados suprimentos e pessoal. Ele era um simples passageiro desejoso de reencontrar sua família.
Os colonos descobrem um esqueleto nas ruínas do forte de Roanoke. "Nada do que foi construído resistiu e a floresta engoliu o lugar" escreveu White em seu diário.
A expedição na qual se integrara, ancorou próxima à parte nordeste da Ilha de Croatoan. Já próximos a Roanoke, a tripulação pôde observar fumaça que subia da terra, enchendo-lhes de esperança quanto à segurança da colônia e de seus integrantes. Na manhã do dia seguinte, dois botes deixaram o navio em direção a praia. Durante a travesia, observaram uma nova coluna de fumaça, porém, em local diverso do que haviam visto na noite do dia anterior. Optaram, então, por investigar os sinais mais recentes. A busca foi cansativa e inútil, pois não encontraram quaisquer sinais de seres humanos no local do fogo.
A expedição na qual se integrara, ancorou próxima à parte nordeste da Ilha de Croatoan. Já próximos a Roanoke, a tripulação pôde observar fumaça que subia da terra, enchendo-lhes de esperança quanto à segurança da colônia e de seus integrantes. Na manhã do dia seguinte, dois botes deixaram o navio em direção a praia. Durante a travesia, observaram uma nova coluna de fumaça, porém, em local diverso do que haviam visto na noite do dia anterior. Optaram, então, por investigar os sinais mais recentes. A busca foi cansativa e inútil, pois não encontraram quaisquer sinais de seres humanos no local do fogo.
Novamente no interior do navio, eles observaram um ponto de luz na região norte da ilha. Dirigiram-se, no dia subseqüente, para o local onde avistaram a luz, mas tudo o que encontraram foram restos queimados de madeira. Daquele ponto, decidiram dirigir-se para o local onde Comandante White deixara estabelecida a colônia anos antes. Durante o percurso, nada de relevante foi observado, com exceção de algumas pegadas, provavelmente deixadas por nativos durante a noite.
Ao se aproximarem da vila de colonos, notaram as letras “CRO” arranhadas em uma árvore na base de um monte próximo. Guiados até o local das casas, acharam-nas, para seu desespero, derrubadas e destruídas e, a área em torno da pequena vila, cercada por estacas de madeira, como uma frágil muralha erguida às pressas. Em uma das vigas principais, White encontrou a inscrição “CROATOAN”.
Ficara estabelecido, nos dias que antecederam a partida de John White, que, em caso de necessidade de remoção da colônia para outra localidade, este lugar seria a Ilha de Croatoan, e que, se tal mudança fosse forçada, levada por circunstâncias hostis, os colonos deveriam, de alguma forma, incrustar os dizeres “CROATOAN”, seguido de uma cruz de malta. Na inscrição encontrada pela expedição inglesa, não havia sinal da mencionada cruz.
A busca continuou, e John White percebeu, no interior das poucas casas que permaneceram erguidas, que os objetos encontravam-se cobertos por lodo e grama, tornando evidente que a vila fora abandonada há muito. Ainda, no local onde os botes costumavam a ser ancorados, não havia qualquer sinal dos mesmos, ou de quaisquer outros equipamentos.
Comandante White, em sua primeira estada na ilha, deixara enterrados mapas, ilustrações e livros em um lugar secreto, de forma que pudesse encontrá-los posteriormente e se guiar através deles. Seus pertences foram encontrados e destruídos.
Diante de tamanha tragédia, uma pequena esperança ainda teimava em queimar em seus corações: sua filha, sua neta, bem como todos os demais colonos, poderiam ter se refugiado na Ilha de Croatoan, terra Natal de Manteo, como apontava a evidência incrustada em madeira.
Ao se aproximarem da vila de colonos, notaram as letras “CRO” arranhadas em uma árvore na base de um monte próximo. Guiados até o local das casas, acharam-nas, para seu desespero, derrubadas e destruídas e, a área em torno da pequena vila, cercada por estacas de madeira, como uma frágil muralha erguida às pressas. Em uma das vigas principais, White encontrou a inscrição “CROATOAN”.
Ficara estabelecido, nos dias que antecederam a partida de John White, que, em caso de necessidade de remoção da colônia para outra localidade, este lugar seria a Ilha de Croatoan, e que, se tal mudança fosse forçada, levada por circunstâncias hostis, os colonos deveriam, de alguma forma, incrustar os dizeres “CROATOAN”, seguido de uma cruz de malta. Na inscrição encontrada pela expedição inglesa, não havia sinal da mencionada cruz.
A busca continuou, e John White percebeu, no interior das poucas casas que permaneceram erguidas, que os objetos encontravam-se cobertos por lodo e grama, tornando evidente que a vila fora abandonada há muito. Ainda, no local onde os botes costumavam a ser ancorados, não havia qualquer sinal dos mesmos, ou de quaisquer outros equipamentos.
Comandante White, em sua primeira estada na ilha, deixara enterrados mapas, ilustrações e livros em um lugar secreto, de forma que pudesse encontrá-los posteriormente e se guiar através deles. Seus pertences foram encontrados e destruídos.
Diante de tamanha tragédia, uma pequena esperança ainda teimava em queimar em seus corações: sua filha, sua neta, bem como todos os demais colonos, poderiam ter se refugiado na Ilha de Croatoan, terra Natal de Manteo, como apontava a evidência incrustada em madeira.
Uma gravura do século XVIII que mostra os colonos descobrindo a famosa inscrição na árvore, apontando para a Ilha de Croatan.
Uma tempestade formava-se e o comandante e sua trupe retornaram ao navio. No dia seguinte, acordaram em dirigir-se a Croatoan, porém, o clima tempestuoso não permitiu. Traçaram um plano segundo o qual iriam se dirigir para oeste em busca de água fresca e suprimentos, retornando, então, à sua desesperada busca. Novamente, a natureza não contribuíu com o comandante inglês. Incapacitados e derrotados, eles rumaram de volta à Inglaterra.
John White não conseguiu angariar recursos necessários a uma nova expedição, e o destino de sua filha, de sua neta, e de toda a colônia de Roanoke, perdeu-se para sempre nos jardins da História.
Não obstante os mistérios que, ainda hoje, envolvem a Colônia Perdida, teorias de todas as sortes - incluindo furacões, doenças e abduções alienígenas – reproduziram-se.
Duas teorias tomaram a dianteira na corrida por credibilidade. Algumas evidências apontavam para o extermínio dos colonos, praticado pelos hostis nativos. A disposição das estacas de madeira, postadas em torno da vila, como uma espécie de cerco protetor, indica a necessidade de proteção contra atentados externos. Mas, neste caso, no momento em que deixavam registrado seu destino – quando incrustaram a palavra “CROATOAN” em uma das árvores – uma cruz de malta deveria ter sido ali colocada.
John White não conseguiu angariar recursos necessários a uma nova expedição, e o destino de sua filha, de sua neta, e de toda a colônia de Roanoke, perdeu-se para sempre nos jardins da História.
Não obstante os mistérios que, ainda hoje, envolvem a Colônia Perdida, teorias de todas as sortes - incluindo furacões, doenças e abduções alienígenas – reproduziram-se.
Duas teorias tomaram a dianteira na corrida por credibilidade. Algumas evidências apontavam para o extermínio dos colonos, praticado pelos hostis nativos. A disposição das estacas de madeira, postadas em torno da vila, como uma espécie de cerco protetor, indica a necessidade de proteção contra atentados externos. Mas, neste caso, no momento em que deixavam registrado seu destino – quando incrustaram a palavra “CROATOAN” em uma das árvores – uma cruz de malta deveria ter sido ali colocada.
Roanoke é uma ilha pantanosa e úmida, sujeita a cheias e tempestades. Durante os meses de verão mosquitos infestavam a ilha e doenças se alastravam entre os colonos. Roanoke era comparada a um inferno e de fato, os colonos não estavam longe da verdade.
A teoria mais aceita, no entanto, diz que os colonos deixaram a Ilha de Roanoke – provavelmente devido a uma forte seca que assolou a região – dirigindo-se à Ilha de Croatoan, onde encontraram receptividade por parte dos nativos, em muito devido à presença de Mateo, natural daquela ilha. Acredita-se que os nativos que foram posteriormente ali encontrados possuíam traços do homem branco, o que corroborou fortemente para esta teoria.
Aparentemente, nenhum recurso, em nosso mundo conhecido, será capaz de desvendar a lenda da Colônia Perdida, informando, com precisão, seu destino. Resta-nos crer no melhor dos fados, e acreditar que os fantasmas de Roanoke descansam em paz.
Aparentemente, nenhum recurso, em nosso mundo conhecido, será capaz de desvendar a lenda da Colônia Perdida, informando, com precisão, seu destino. Resta-nos crer no melhor dos fados, e acreditar que os fantasmas de Roanoke descansam em paz.
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