O desaparecimento
No
dia 8 de junho de 1985, um grupo de 5 pessoas, sendo 4 garotos do grupamento de
Escoteiros Olivetanos, cujo número de designação era "240", mais o
seu instrutor e líder, subiram rumo ao Pico dos Marins, próximo à cidade de
Piquete, no estado de São Paulo, mas somente 4 dos participantes dessa trilha
retornaram. Um deles, o escoteiro Marco Aurélio, desapareceu sem deixar
qualquer tipo de pista ou rastro. Iniciava-se nesse momento um dos maiores
mistérios indecifráveis conhecidos no Brasil, o "Desaparecimento do
Escoteiro Marco Aurélio Simon."
O
pai de Marco Aurélio Simon, Ivo Simon, conta que seu filho tinha 15 anos quando
desapareceu. Marco Aurélio estava em uma excursão no Pico dos Marins, junto a
seu grupo de escotismo, quando um dos escoteiros se machucou. Marco Aurélio
como monitor da equipe, se ofereceu para ir à frente do grupo abrindo caminho e
em busca de socorro. O escoteiro partiu para sua missão, e desapareceu por
completo, sem deixar qualquer vestígio.
Até
os dias de hoje, com quase 30 anos do seu desaparecimento, a família ainda
sofre com a incerteza sobre o destino de Marco Aurélio, embora mantenha viva a
esperança de reencontrá-lo.
O local do sumiço
O
Pico dos Marins [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 22°30'1.51"S, 45°
7'17.63"W] fica situado no município de Piquete, no estado de
São Paulo, localizado na Serra da Mantiqueira, possui 2420,7 metros de altitude
acima do nível do mar, e é considerado o 2º maior pico do estado de São Paulo. Para
chegar ao cume, deve-se subir encostas rochosas íngremes, porém é possível sua
ascensão sem a utilização de equipamentos especiais.
O grupo de aventureiros
A viagem seria
um teste para graduação dos escoteiros como "Sênior", caso
conseguissem completar satisfatoriamente a missão.
O
grupo era formado pelas seguintes pessoas:
·
Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon -
Escoteiro;
·
Ricardo Salvione - Escoteiro;
·
Osvaldo Lobeiro - Escoteiro;
·
Ramatis Rohm - Escoteiro;
·
Juan Bernabeu Céspedes - Instrutor e
Líder do Grupo.
Quando
o grupo subia em uma das trilhas íngremes que existem na região, em direção ao
Pico dos Marins, um dos garotos, Osvaldo Lobeiro, sofreu uma luxação no joelho,
impedindo o grupo de prosseguir o trajeto.
Com
o objetivo de ajudar, o escoteiro Marco Aurélio Simon se ofereceu para ir à
frente do grupo, abrindo caminho para passagem do amigo acidentado, e
também para ver se encontraria alguma ajuda o mais rápido possível.
Com
o consentimento do líder do grupo, Juan Bernabeu Céspedes, Marco Aurélio partiu
na trilha em direção ao acampamento onde haviam se instalado, mas a partir
desse momento, o garoto nunca mais foi visto.
Desde
a época do sumiço, suspeitas recaem também sobre o guia da excursão, o
escoteiro Juan Bernabeu Céspedes. Foi ele o último a ter contato com o jovem.
Como consta no inquérito, Céspedes optou por enviar Marco Aurélio, sozinho,
para buscar ajuda após um dos outros três escoteiros do grupo ter torcido o
tornozelo.
Na
tarde daquele 8 de junho de 1985, o líder chegou a acompanhar o filho de Ivo
até certo ponto da descida, deixando os demais aventureiros para trás. “É muito
estranho. Como um adulto decide mandar um adolescente andar no mato sozinho?
Por que acompanhar meu filho até certo ponto? Como uma pessoa separa um grupo
assim? No mínimo, é negligência”, afirma o pai.
A
polícia chegou a investigar se havia uma possível motivação sexual no
desaparecimento do jovem. Depoimentos de delegados, apensados ao inquérito,
apontavam que o guia poderia ter abusado do garoto - e, depois, o matado.
As buscas
A
tragédia que abalou a família de Ivo também comoveu o país, que acompanhou pela
imprensa e pela televisão a busca desesperada por Marco Aurélio.
Durante
28 dias mais de 300 pessoas participaram das buscas, entre voluntários,
policiais civis, militares e bombeiros, que vasculharam o pico a pé e com
helicópteros.
Nenhum
corpo, nenhum pedaço de roupa ou rastro na terra foram achados. Foi como se
Marco Aurélio tivesse "evaporado". A polícia vasculhou o local de
forma muito minuciosa, fazendo até mesmo várias varreduras no mesmo local, em
busca de pistas que possam ter sido ignoradas nas primeiras buscas, mas nada
que indicasse o que aconteceu com Marco Aurélio foi encontrado.
Hipóteses para o desaparecimento
Hipóteses
para o desaparecimento não faltam. Para alguns, alienígenas levaram o jovem.
Para outros, uma seita chamada Borboleta Azul sequestrou o menino. Especulou-se
até que um animal, como uma onça, poderia ter devorado o escoteiro. Mas no caso
de assassinato e morte por ataque de animal, como explicar que nenhum rastro
suspeito jamais foi encontrado?
O
desespero da família era tamanho, que qualquer notícia que pudesse trazer
alguma pista para descobrir o paradeiro do garoto era averiguada pela família.
Um delegado de polícia, amigo de pessoas próximas a família Simon, chegou a
sugerir ao pai de Marco Aurélio que ele entrasse em contato com um general da
Aeronáutica. Esse seria conhecedor de fenômenos ligados a extraterrestres.
A
hipótese de abdução alienígena passou a ser cogitada, tanto que Ivo Simon
chegou a contatar uma pessoa que dizia ser capaz de falar com alienígenas via
telepatia (algumas fontes afirmam que essa pessoa era o próprio general citado
mais acima), para que esse perguntasse aos seres de outros planetas a respeito
de informações sobre o garoto, mas nenhuma resposta foi dada.
“Fomos
a umbandistas, parapsicólogos, espíritas. A maioria diz que ele está vivo”,
conta Ivo.
Quando
procuraram o famoso médium Chico Xavier, o qual morreu no ano de 2002, tiveram
a seguinte resposta: “Só me comunico com pessoas que desencarnaram, e não com
os vivos”.
Por
conta disso tudo, a família Simon acredita que o rapaz ainda está vivo, e
acompanha como seria a fisionomia do filho pelas transformações no rosto de
Marco Antonio, irmão gêmeo univitelino de Marco Aurélio.
“A
gente não tem mais onde buscar, mas se alguém me disser algo, der alguma pista,
nós vamos atrás, não entregamos os pontos. O que me tortura é esse mistério, é
não saber o que aconteceu com meu filho”, desabafa Ivo Simon.
Os Mistérios das Luzes e o Som do Apito
Na
segunda noite de buscas, os garotos que estavam com Marco Aurélio, em conjunto
com o líder do grupo (Juan Bernabeu) e mais algumas outras pessoas estavam se
preparando para suas acomodações e dormir, ouviram primeiro um grito na mata
próxima, sendo que após o grito surgiu o som de um apito.
Todos
se espantaram, pois Marco Aurélio como escoteiro usava um apito, que é um
instrumento de auxílio para ajudar a localização de uma pessoa perdida ou em
dificuldades na mata.
No
momento do som do apito, todos saíram do casa onde todos estavam alojados, que
era do Sr. Afonso que era um guia local, e se dirigem em direção à mata, onde
havia surgido o som, e de repente se deparam com flash's de luzes azuis, as
quais se acenderam e se apagaram por três vezes.
Após
esse incidente, o líder do grupo, Juan Bernabeu, também pega seu apito e vai em
direção à mata e começa à soprá-lo, solicitando um retorno, mas nada acontece,
somente silêncio.
Em
consulta, os estudiosos de assuntos ufológicos disseram que nesse momento foi o
instante em que Marco Aurélio pode ter sido abduzido por extraterrestres,
devido aos detalhes do fenômeno.
O
fato citado acima foi verídico, e consta no processo policial sobre o
desaparecimento de Marco Aurélio.
Livros
No
ano de 2006 o jornalista Rodrigo Nunes, com um ótimo trabalho investigativo,
lançou o livro"Operação Marins - O Sumiço do Escoteiro Marco
Aurélio", onde conta os detalhes do desaparecimento e busca pelo
escoteiro Marco Aurélio Simon.
Após
a publicação do livro "Operação Marins", novas informações começaram a
surgir. Pessoas que participaram diretamente do caso, após a leitura da obra
perderam a timidez de falar sobre o que, inicialmente, ocultaram.
Muito bom, isso é um mistério. Você sabe onde posso comprar o livro?? Obg.
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