quinta-feira, 22 de setembro de 2016

50 atores e outros profissionais de TV que faleceram durante as novelas

Jardel Filho / Domingos Montagner / Sérgio Cardoso

A morte repentina de um ator que está atuando em uma novela marca a todos: desde os profissionais que conviviam com ele por trás das câmeras, até os telespectadores acostumados com a sua presença diária no vídeo. Essa semana, perdemos Domingos Montagner, protagonista de ''Velho Chico''. Abaixo, listo outros 50 atores, diretores e roteiristas de novelas, minisséries e séries brasileiras que morreram vítimas de doença, acidentes, suicídios e até assassinato. A fonte é o ''Almanaque da Telenovela Brasileira'' (atualizado), de minha autoria, e as fotos são de divulgação. (Atualizado em 15/09/2016)
1. Na época em que participava da novela ''Sangue e areia'' (Globo), o ator Amilton Fernandes sofreu um acidente de automóvel, em 29/01/1968. Ele ficou hospitalizado 69 dias, passando por seis cirurgias. Amilton veio a falecer em 07/04/1968, em decorrência das sequelas causadas pelo acidente.

2. Um acidente automobilístico também vitimou o jovem ator Celso Marques, em 16/09/1968, enquanto atuava em ''A gata de vison'' (Globo). Sua morte ocorreu dois dias antes de ele completar 26 anos.

3. O garoto Noel Marcos, filho do casal de atores Dionísio Azevedo e Flora Geny, faleceu no dia 01/11/1969, quando estrelava sua primeira novela, ''Seu único pecado'' (Record), dirigida pelo pai. O triste fato fez interromper a produção. O menino foi vítima de um atropelamento enquanto passeava com sua bicicleta no bairro do Sumaré, em São Paulo, onde residia.

4. A atriz Glauce Rocha, uma das protagonistas da novela ''Hospital'' (Tupi), morreu de parada cardíaca no decorrer da trama, em 12/10/1971. Faltavam apenas cinco capítulos para a atriz concluir as gravações de sua personagem, Helena.

5. O ator Sérgio Cardoso morreu de ataque cardíaco, aos 47 anos de idade, no dia 18/08/1972, quando restavam 28 capítulos para terminar a novela ''O primeiro amor'' (Globo). Seu papel passou a ser interpretado por Leonardo Villar. A substituição do personagem foi feita com todo o elenco reunido no estúdio. Sérgio Cardoso aparecia saindo por uma porta em sua última aparição na novela. Depois, com a cena congelada no vídeo, um texto lido por Paulo José explicava o que acontecera e relembrava a trajetória do ator. Por fim, batia-se à porta e, quando a cena recomeçava, entrava Leonardo Villar, sendo recebido pelo elenco.

Existe uma lenda que Sérgio Cardoso havia sido enterrado vivo.


Amilton Fernandes / Glauce Rocha / Sérgio Cardoso


6. ''O Conde Zebra'' (Tupi) foi o último trabalho de Otelo Zeloni, cujo falecimento interrompeu a novela. No dia 28/12/1973, a trama foi retirada do ar em função do estado de saúde do ator, que interpretava o protagonista. Um tumor cerebral, cujos primeiros sintomas haviam se manifestado trinta dias antes, o levou na manhã seguinte, em 29/12/1973.

7. Rachel Martins, que vivia Zazá em ''A barba azul'' (Tupi), faleceu durante a novela, em 02/12/1974. A atriz não foi substituída. As vezes da personagem foram feitas por outra: Olga, de Wilma de Aguiar.

8. Em março de 1975, o seriado ''A grande família'' (Globo, a primeira versão) foi suspenso, por causa da morte de seu principal roteirista, Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, vítima de câncer. Paulo Pontes chegou a substituí-lo como redator principal, mas terminou por se achar sem condições psicológicas para continuar a tarefa.

9. O ator Zanoni Ferrite, que era anunciado nas chamadas de estreia do remake''O direito de nascer'' (Tupi), como o personagem Dom Jorge Luiz, faleceu num desastre automobilístico em julho de 1978, sendo substituído na novela por Adriano Reys.

10. O ator Oscar Felipe faleceu em 1980, enquanto participava da novela ''A deusa vencida'' (Band). Foi substituído na trama por Felipe Levy.

11. O jovem ator Osmar de Matos, então com 22 anos, foi escalado para ''As três Marias'' (Globo), na qual viveria o personagem Cleber. Entretanto, ele foi vítima de um acidente automobilístico numa rodovia em São Paulo, em outubro de 1980, antes da novela estrear. Osmar chegou a gravar apenas os primeiros capítulos. Com seu falecimento, o personagem deixou de existir.

12. Rafael de Carvalho faleceu em 03/05/1981, enquanto a novela ''Rosa baiana'' (Band) estava sendo rodada. O autor da trama, Lauro César Muniz, descartou a hipótese de matar o personagem ou substituir o ator. Assim sendo, ele fez com que o personagem Edmundo Lua Nova abandonasse sua família, deixando a história.

13. Márcia de Windsor faleceu em agosto de 1982, durante a última semana de exibição da novela ''Ninho da serpente'' (Band), na qual atuava. Faltava gravar as últimas cenas de sua personagem.

Jardel Filho / Janete Clair / Yara Amaral

14. ''Sol de verão'' (Globo) culminou com a morte de Jardel Filho, que vivia Heitor, um dos protagonistas. O ator morreu de ataque cardíaco em 19/02/1983. Manoel Carlos, o autor, sentiu-se impossibilitado de terminar a novela como havia planejado. Lauro César Muniz foi então acionado e escreveu os 17 capítulos finais, precipitando seu término. A saída encontrada para explicar o sumiço do personagem foi uma viagem. No primeiro capítulo sem Jardel Filho, o elenco, emocionado, fez uma homenagem.

15. ''Eu prometo'' (Globo) foi o último trabalho de Janete Clair, que faleceu de câncer no intestino, aos 58 anos, no dia 16/11/1983, tendo escrito a novela até o capítulo 60. Glória Perez, então sua colaboradora, terminou de escrevê-la, com supervisão de texto de Dias Gomes, marido de Janete.

16. O jovem ator Ricardo Zambelli faleceu em um acidente de moto durante o Carnaval de 1985, poucos dias depois da estreia da novela ''Um sonho a mais'' (Globo), em que viveria o personagem Felipe, papel que deixou de existir por conta de sua morte. Ele era marido da atriz Zaira Zambelli e este seria seu primeiro personagem fixo em uma novela.

17. Em ''A gata comeu'' (Globo, 1985), a atriz que foi escalada e começou a gravar como a personagem Dona Biloca foi Ema D'Ávila. Porém, uma semana antes da estreia da novela, ela faleceu. A produção escalou uma nova atriz para a personagem: Norma Geraldy.

18. A atriz Yara Amaral faleceu pouco mais de um mês depois de terminar sua participação na novela ''Fera radical'' (Globo). Ela foi vítima da tragédia do barco Bateau Mouche IV, que afundou na baía de Guanabara no réveillon de 1989.

19. ''Bebê a bordo'' (Globo) foi o último trabalho da atriz Dina Sfat, falecida em março de 1989, vítima de câncer, um mês depois de concluir sua participação na novela.

20. Por motivo de doença, Lauro Corona deixou ''Vida nova'' (Globo) em sua reta final e veio a falecer dois meses após o término da novela. Sua última cena, a despedida de seu personagem, o português Manoel Vitor, foi uma das mais comoventes sequências da trama. Nela, o personagem parte para Portugal, numa noite de chuva, ao som de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo ator. Lauro Corona faleceu em julho de 1989, aos 32 anos de idade, vítima de complicações causadas pela Aids.


Dina Sfat / Lauro Corona / Lutero Luiz

21. Lutero Luiz faleceu durante a novela ''O sexo dos anjos'' (Globo), em 20/02/1990. Seu personagem, o jardineiro Bastião, não foi substituído, simplesmente saiu de cena.

22. O ator João Alberto Pinheiro, que vivia o mordomo Zaqueu em ''Pantanal'' (Manchete), faleceu em janeiro de 1991, um mês após o término da novela, vítima de uma pneumonia decorrente do vírus da Aids.

23. Chiquinho Brandão havia gravado cerca de vinte capítulos da minissérie ''O sorriso do lagarto'' (Globo), quando morreu num acidente automobilístico, em 04/06/1991. Para ocupar o seu lugar, os autores providenciaram um primo do personagem, que foi vivido por Stepan Nercessian.

24. O entrecho de maior repercussão da novela ''De corpo e alma'' (Globo) não era ficção, mas realidade. Na noite do dia 28/12/1992 a jovem atriz Daniela Perez – filha da autora da trama, Glória Perez – foi violentamente assassinada por seu colega de elenco, o ator Guilherme de Pádua, e a mulher dele, Paula Tomaz. Na novela, os dois viviam um par romântico, Yasmin e Bira. Glória Perez conduziu a novela até o fim, mesmo abalada pelo crime. A saída de Yasmin da trama foi explicada com uma viagem. Já o personagem Bira simplesmente deixou de existir.

25. A atriz Dayse Tenório foi escalada para viver Alice, governanta na casa da família Assunção em ''Mulheres de Areia'' (Globo). Mas faleceu em janeiro de 1993 – antes da novela estrear – vítima de um acidente automobilístico, aos 33 anos de idade. Algumas cenas haviam sido gravadas mas não foram substituídas. A personagem Alice apareceu nos primeiros capítulos e a governanta logo foi substituída por outra, com outro nome.

26. Armando Bógus faleceu em 02/05/1993, vítima de leucemia, pouco tempo depois de concluir uma participação na minissérie ''Sex appeal'' (Globo). As cenas com o ator foram ao ar depois que ele já havia falecido, pois a minissérie estreou em 01/06/1993.


Daniela Perez / Armando Bógus / Cláudia Magno

27. ''O mapa da mina'' (Globo) foi o último trabalho de Cassiano Gabus Mendes, que faleceu em 18/08/1993, antes da novela ser finalizada. O autor havia deixado todos os capítulos já escritos, e o último foi ao ar em 04/09/1993. A novela terminou com uma homenagem: logo depois da última cena, Lima Duarte (numa participação) despediu-se do amigo com um emocionado depoimento pessoal, em nome de toda a equipe da novela e da própria emissora.

28. Felipe Pinheiro faleceu em 01/11/1993, em conseqüência de problemas cardio-respiratórios, sem ter concluído sua participação em ''Olho no olho'' (Globo). A solução encontrada para a saída do personagem da trama foi uma viagem: na novela, Felipe vivia um ator, que foi viajar para tentar a vida em Los Angeles.

29. Cláudia Magno entrou para o elenco de ''Sonho meu'' (Globo) quando a novela já havia iniciado, mas não chegou a concluí-la. A atriz deixou a trama adoentada e faleceu em 05/01/1994, aos 35 anos de idade, de insuficiência respiratória aguda (em decorrência de Aids).

30. O ator Wagner Bello, que interpretava o extraterrestre Etevaldo na série infantil ''Castelo Rá-Tim-Bum'' (TV Cultura), faleceu em 12/08/1994, vítima de complicações decorrentes de Aids. Siomara Schroder o substituiu no programa, como a irmã de seu personagem. O episódio sem o ator terminou com uma explicação sobre a sua ausência: “ele está brincando nas estrelas!”.

31. ''A idade da loba'' (Band) foi o último trabalho de Luiz Carlos Arutin, que faleceu em 08/01/1996, alguns dias antes da novela terminar. Sua participação na trama já havia sido gravada. O ator morreu asfixiado num incêndio em seu apartamento, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

32. Em ''Xica da Silva'' (Manchete), o ator Alexandre Lipiani morreu antes do fim da novela. Ele faleceu em decorrência de um acidente automobilístico quando as gravações ainda não haviam sido encerradas. Sua última aparição foi no capítulo exibido em 28/07/1997, que teve uma homenagem da produção.

33. Thales Pan Chacon faleceu um mês após o término da novela ''Os ossos do barão'' (SBT), em 02/10/1997, aos 41 anos, de parada respiratória em decorrência de complicações relacionadas ao vírus da Aids.


Luiz Carlos Arutin / Alexandre Lipiani / Thales Pan Chacon

34. O diretor Paulo Ubiratan faleceu de ataque cardíaco, aos 51 anos de idade, em abril de 1998, enquanto concluía seu trabalho como diretor artístico da novela ''Por amor'' (Globo), e iniciava a nova atração das sete horas, ''Meu bem querer'', em fase de pré-produção. No último capítulo de ''Meu bem querer'', o elenco prestou uma homenagem.

35. O diretor Walter Avancini, já debilitado, iniciou seu trabalho na novela ''A Padroeira'' (Globo) mas não chegou a ver sua obra finalizada: por problemas de saúde foi afastado da produção em julho de 2001, vindo a falecer em 26 de setembro daquele ano. Foi substituído por Roberto Talma.

36. ''O Clone'' (Globo) foi o último trabalho do ator, compositor e poeta Mário Lagona TV, que fez uma pequena participação na novela. Ele faleceu em maio de 2002, antes da produção ser encerrada. Tinha 90 anos de idade e foi vítima de uma enfisema pulmonar.

37. O ator Luiz de Lima, que fazia uma pequena participação em ''Esperança'' (Globo), como pai do português Murruga (Nuno Lopes), faleceu no decorrer da novela, em 2003. Saiu de cena o pai do personagem e entrou a mãe, interpretada por Beatriz Segall.

38. O ator Rogério Cardoso, o avô Seu Floriano da série ''A grande família'' (Globo), faleceu no dia 24/07/2003, aos 66 anos de idade, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Em agosto de 2005, foi a vez de Francisco Milani partir. Ele havia sido chamado para cobrir a ausência de Rogério Cardoso, interpretando Juvenal, o Tio Mala, que aparecia esporadicamente no programa.

39. Leonor Bassères, coautora de Gilberto Braga em ''Celebridade'' (Globo), faleceu em 29/01/2004, vítima de câncer. Ela era parceira constante de Gilberto em suas novelas e minisséries desde o início dos anos 1980. Com a morte de Leonor, o novelista Ricardo Linhares foi convidado por Gilberto para contribuir nos rumos de sua história.

40. Com problemas de saúde, Mirian Pires teve de deixar a novela ''Senhora do destino'' (Globo). Na ficção, sua personagem, Clementina, era hospitalizada. No, lugar da atriz, entrou Cristina Mullins, escalada para viver a filha de Dona Clementina. Mirian Pires morreu em 07/09/2004, aos 77 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos juntamente com as complicações causadas pelo tempo de permanência no CTI, em função de ter contraído uma toxoplasmose. A atriz foi homenageada na novela, no capítulo do lançamento do livro de receitas escrito pela personagem na trama.


Walter Avancini / Rogério Cardoso / Mírian Pires

41. A atriz Ariclê Perez faleceu em 26/03/2006, dois dias depois de terminar a minissérie ''JK'' (Globo), onde interpretava a mãe do protagonista. Ela havia finalizado sua participação na minissérie na semana anterior. A atriz, que tinha 62 anos, caiu do décimo andar de seu prédio, em São Paulo. Na época, especulou-se que teria sido suicídio.

42. Gianfrancesco Guarnieri faleceu em 22/07/2006, treze dias após o término da novela ''Belíssima'' (Globo), seu último trabalho. O ator já estava bastante debilitado quando iniciou as gravações. Seu personagem, nas poucas vezes em que apareceu na trama, estava sempre sentado, e tinha poucas falas, para não exigir demais dele. Gianfrancesco morreu aos 71 anos em função de complicações geradas por insuficiência renal crônica.

43. Nair Bello estava escalada e gravou suas primeiras cenas em ''Pé na jaca'' (Globo, 2006/2007). Porém, uma semana antes da novela estrear, a atriz sofreu uma parada cardíaca e entrou em coma. Nair ficou hospitalizada e veio a falecer cinco meses depois. Na novela, foi substituída por Arlete Salles e todas as suas cenas foram refeitas.

44. O ator Luiz Carlos Tourinho, que interpretava o personagem Nezinho na novela ''Desejo proibido'' (Globo), faleceu em 21/01/2008, aos 43 anos, vítima de uma parada cardio-respiratória provocada por um aneurisma cerebral.

45. Mara Manzan foi afastada das gravações de ''Caminho das Índias'' (Globo) para cuidar da saúde. A atriz submeteu-se a sessões de quimioterapia e radioterapia para combater uma metástase em duas vértebras. Ela veio a falecer em 13/11/2009, dois meses após o término da novela.

46. Miguel Magno morreu e 17/08/2009, em decorrência de um câncer, aos 58 anos de idade. Na época, ele participava da série ''Toma Lá Dá Cá'' (Globo), em que vivia a Drª Percy, uma personagem que aparecia esporadicamente.


Nair Bello / Luiz Carlos Tourinho / Marly Bueno

47. O jovem ator Dener Pacheco faleceu em 06/03/2010, dois meses após ter terminado a novela ''Caras e Bocas'' (Globo), na qual atuou. Ele tinha 25 anos e foi vítima de câncer.

48. Em 19/01/2012, faleceu Yedda do Rêgo Alves, do elenco da novela ''Aquele beijo'' (Globo). Ela tinha 83 anos e estava internada com câncer. O capítulo exibido em 03/02/2012 prestou uma homenagem à atriz.

49. Marly Bueno faleceu em 12/04/2012, enquanto era vista na minissérie ''Rei Davi'' (Record). Ela tinha 78 anos e estava hospitalizada para uma cirurgia no intestino. A atriz já havia concluído suas gravações na minissérie, que terminou pouco tempo depois.

50. Marília Pêra faleceu em 05/12/2015, aos 72 anos, vítima de câncer. Ela era vista na série ''Pé na Cova'' (Globo), que já estava totalmente gravada e finalizada e continuou sendo exibida mesmo depois de sua morte, até o último episódio.

A novela ''Velho Chico'' teve duas baixas. Umberto Magnani, o Padre Romão da trama, morreu em 27/04/2016, aos 75 anos, dois dias depois de sofrer um acidente vascular encefálico hemorrágico durante uma gravação da novela. O ator Carlos Vereza foi chamado para viver um outro padre que fez as vezes do personagem de Magnani. E Domingos Montagner (o Santo dos Anjos ) faleceu em 15/09/2016, após um mergulho no Rio São Francisco, durante um intervalo nas gravações da novela. O ator foi nadar no rio e acabou levado pela correnteza, sendo encontrado posteriormente sem vida.

A criatura do fundo do mar


Essa fotografia bizarra tem circulado por anos e anos nos sites de criptozoologia, mistérios e seres estranhos. Até hoje não há uma boa explicação para esse treco. Muita gente pensa que pode ser um girino “photoshopado”, mas acontece que essa imagem é de bem antes do Photoshop existir. Essa coisa, que mais parece uma criatura enorme no fundo de uma baia rasa, é dos anos 60, e faz parte de um conjunto de três imagens. O caso que acompanha esta foto, que me dá calafrios desde que eu era um menino, lembro que a primeira vez que dei de cara com ela foi quando eu estava numa biblioteca fuçando nas antigas revistas PLANETA. A Planeta era uma revista que sempre vinha com bizarrices gumps, bruxas, relatos de demônios, fantasmas, espíritos, discos voadores…
Tudo começou em 1964, quando Robert Le Serrec e sua família compraram um barco e decidiram passar nele no feriado em Hook Island em Stonehaven Bay, Queensland, Austrália.
Era o dia 12 de dezembro, quando a familia colocou seu barco novo na água e saíram num passeio de barco através da baía. Eles estavam todos atravessando Stonehaven Bay em 12 de dezembro 1964, quando num determinado momento do passeio, a esposa de Robert Le Serrec apontou para algo estranho no fundo da baía. Os Le Serrec começaram a tirar fotos do que parecia uma grande criatura serpentiforme descansando no fundo do mar.


Eles estimaram que ela tivesse entre nove e dez metros de comprimento. O barco dos Le Serrec  se aproximou calmamente do ser, e acredite se quiser, O cara DECIDIU ENTRAR NA ÁGUA para dar “uma olhada” mais de perto nessa “coisa”. Ele mergulhou e olhou o bicho debaixo dágua. Ali ele percebeu que era mesmo um ser vivo, e que aquilo, fosse o que fosse aquele estranho ser, era muito maior do que a primeira estimativa deles, feita na segurança da embarcação.
Le Serrec notou que a coisa escura não se moveu quando ele entrou na água, e parecia completamente imóvel diante de sua aproximação, de modo que sua primeira sensação era de que se tratava de um bicho morto. Esperando que fosse mesmo um animal morto,  Le Serrec continuou a se aproximar mais e mais até que  o  “monstro” abriu a boca gigantesca que ele tinha e… Começou a se mover!
Robert Le Serrec! Assustado, ele rapidamente nadou para o barco, enquanto ouvia gritos desesperados dos parentes. Até o momento em que ele, agora aliviado subiu à bordo, a misteriosa criatura tinha desaparecido completamente.
As imagens foram inicialmente publicadas na revista “Todos da Austrália” e depois foram amplamente distribuídas.
Outras fotos mostram que parecem ser os olhos localizados na parte superior da cabeça, e o que poderia, possivelmente, ser uma ferida no lado direito da sua cauda. A criatura foi descrito como de cor completamente preta, com algumas faixas marrons e tendo uma pele lisa sem escamas.
Os Le Serrec não viram dentes dentro de sua boca. Até hoje, nenhuma explicação racional para este intrigante caso foi encontrado. Seja lá o que quer que foi fotografado naquele dia.

Um monstro marinho?

Eu não posso dizer que se trata de um monstro marinho, muito embora, anos e anos depois, sempre que eu nadava no mar essa foto me vinha à mente como uma brutal auto-sabotagem. As informações que temos sobre a morfologia dessa coisa, vem dos relatos de Robert, que mergulhou para vê-lo de perto.  Segundo ele conta, havia uma grande ferida pálida visível no lado direito da cauda, e foi sugerido que esta ferida (talvez causada pela hélice de um navio) tinha causado o dano ao animal, e por isso ele buscou refúgio na baía rasa. Os olhos, localizados na parte superior da cabeça e bem longe da frente do focinho, estavam pálidos e possuíam pupilas em forma de fenda. Ele não possuía barbatanas nem espinhas de qualquer tipo. O caso foi bastante estudado ao longo de todos esses anos, principalmente por Heuvelmans (1968).  Shuker (1991) e Newton (2005) forneceriam mais informações depois.
Ao saber do caso, Heuvelmans (1968) relatou que ele tinha feito algumas pesquisas sobre os Le Serrec e descobriu que Robert havia deixado credores não pagos na França e isso não parecia muito confiável com relação à sua idoneidade.
Coleman & Huyghe (2003) afirmam que ele era procurado pela Interpol, o que cagou mais ainda a moral do cara. Depois, Ivan Sanderson tinha sido contatado sobre a história em fevereiro de 1965 (Le Serrec tinha inicialmente se aproximado da mídia norte-americana, a fim de obter o melhor preço para as suas bizarras imagens) e concluiu que o objeto poderia ser apenas um saco de plástico utilizado pela Marinha dos Estados Unidos “para experimentos em reboque de combustíveis” , ou mesmo um balão skyhook deflacionado que se tornou coberto de algas, ou ainda, um rolo de tecido que havia sido amarrados juntos em alguns lugares (Heuvelmans 1968).
Sanderson mais tarde, sugeriu que, admitindo a hipótese de que aquilo pudesse mesmo se tratar de um ser vivo moriundo,  a criatura poderia se tratar de um synbranchid gigante, ou uma enguia pântano*.
Os sinbranquídeos são peixes acantomórficos com longos corpos, que habitam, em sua maioria, corpos de água doce ou de estuários, e são bem conhecidos por sua capacidade de respirar ar e realizar excursões terrestres. No entanto, eles são pequenos (geralmente têm menos de 60 cm de comprimento) e são, criaturas em forma de enguia.  Pressionado para propor uma “identidade animal real” para a criatura, Heuvelmans observou em um artigo de revista que aquilo poderia ser “uma espécie de gigantesca seláquio ‘, o que seria impressionante se essa hipótese estivesse correta. No entanto, Heuvelmans (1968) realmente favoreceu a ideia de que a hipótese mais provável é que se tratasse de um agrupado de sacos de plástico pesados recheados com areia. Ele observou que a posição dos olhos era altamente suspeito, uma vez que a maioria dos vertebrados têm seus os olhos nas laterais da cabeça, ou mais perto do focinho. 
Apesar dessa argumentação, há vertebrados que têm os olhos posicionados de modo semelhante às do monstro, como o temnospondyls mastodonsauroid, cujo crânio está aqui:


Embora a maioria das publicações dê preferência à composição da criatura perto do barco mostrada no inicio do post, as que mais contribuíram para o estudo do que quer que seja este troço são essas aqui:


Seja como for, o caso é tido por muitos como um clássico da fraude .
A certeza de muitos de que tudo não passou de uma farsa vem do fato de que, em 1959, o Robert Le Serrec tentou obter dindim para montar m grupo e realizar uma expedição que iria provar de modo “financeiramente proveitoso”, e que ele tinha “uma outra coisa planejada que iria trazer um monte de dinheiro … e era a exibição da serpente marinha”. Infelizmente, o filme supostamente tomado da criatura não revelou nada.
Mas apesar de tudo, uma coisa chama a atenção neste caso:
Enquanto a maioria esmagadora das pessoas pensa de serpentes do mar, eles geralmente imaginam imensas criaturas, como cobras gigantes primitivas. Tipo:


Assim, ninguém parte para um girino gigante, mas é justo aí que a coisa ganha uma dimensão mais estudável.  É possível que Le Serrec tivesse se inspirado no “barriga amarela ‘, um criptídeo marinho descrito como a forma de um girino gigantão, com algo entre 18 e 30 metros de comprimento, marcado com faixas transversais pretas em seus lados e que supostamente era restrito às águas tropicais dos oceanos Índico e Pacífico. No entanto, os primeiros registros da ideia do “barriga amarela” se dão em 1965 (quando a edição francesa de , na esteira das serpentes marinhas, A grande serpente do mar, foi publicada), Le Serrec ja tinha feito suas fotos, em dezembro de 1964.  A favor da história, existem poucas possibilidades. Uma delas, é que o mar é bastante vasto e as profundezas ainda escondem muitos mistérios. Por exemplo, o Celacanto era um peixe que durante décadas se julgou extinto, até um belo dia ser descoberto todo pimpão nadando na costa da África.

Celacanto

Fora isso, algumas expedições científicas já encontraram peixes muito bizarros, como esse tipo de tubarão quase serpentiforme aqui:



Este outro que também se esfrega no chão como uma cobra:



E mutos outros peixes esquisitos:



Claro que ao longo de todo este tempo, outra forte possibilidade (tranquilizadora) era de que se tratava de um cardume de pequenos peixes.No entanto, essa hipótese é logo descartada com a observação da forma estável nas três fotografias, e sabemos que seria impossível disso ocorrer num cardume.
Outra hipótese que ganhou força no passado é que o “monstro” se tratava nada mais nada  menos que uma simples mancha de óleo, que eu também não acho muito viável, porque me pareceria muito mais possível uma fraude deliberada que uma mancha de óleo ter a forma de um bicho desses e não se distorcer nas três fotos feitas do barco, em ângulos diferentes.
Seja como for, não se sabe com certeza absoluta, até hoje se aquele foi um ser real que apareceu naquela baía ou só um truque engenhoso de um sujeito enrolado em dívidas para tintar um dindim dos trouxas.


O esqueleto que pode decifrar origem do mecanismo de Anticitera


O chamado mecanismo de Anticitera é um dos artefatos mais misteriosos da história da tecnologia. E não é para menos. Criado há 2 mil anos na Grécia Antiga, este objeto de bronze corroído não é maior do que um laptop moderno e parece uma máquina do futuro.

Em junho deste ano, um grupo de cientistas conseguiu decifrar um enigma, que desde a sua descoberta, em 1900, não havia sido solucionado: para que servia?

O "primeiro computador criado pela raça humana", tal como descreveram seus descobridores, era utilizado com fins astronômicos, como rastrear complexos movimentos da Lua e dos planetas.

Muitas teorias da conspiração afirmam que esse misterioso objeto teria vindo do futuro, ou mesmo que ele teria sido fabricado por seres alienígenas ou que sua construção teria sido realizada segundo orientações de seres de outro planeta.

Agora, um grupo de arqueólogos submarinos deu um passo adiante: recuperar restos de um esqueleto humano localizado em um barco naufragado na ilha grega de Symi, onde estava este artefato enigmático.