Múltiplos assassinos (Assassinos em série, spree killers e assassinos em massa) é um fenômeno intrigante, arrepiante e que causam horror à sociedade. Porém, ao mesmo tempo, tais indivíduos despertam um fascínio fora do comum, sendo alvo de sensacionalismo por parte da mídia.
Ao pensarmos em assassinos múltiplos, certas imagens surgem em nossa mente, principalmente quando falamos de serial killers. Estamos inclinados a pensar em assassinos solitários e desajustados como Jeffrey Dahmer, que praticou seus crimes, oculto da vistas da sociedade. Ou de Ted Bundy, o rapaz sedutor sem escrúpulos que abandonava cadáveres violados como uma espécie de cartão de visitas peculiar. Muito dificilmente, no entanto, se associa assassinatos em série a casais (daí a crença de que todo serial killer, para ser classificado como tal, deve agir sozinho). Mas o fato é que casais também cometem assassinatos em série, e muitas vezes de forma bastante eficiente. Embora casais que matam não sejam comuns o suficiente para entrarem na psique do público, os casos de casais assassinos têm ocorrido com certa regularidade nos últimos anos.
Em comemoração ao dia dos namorados, confira abaixo alguns casos de casais que, além do “amor e “afeto” entre eles, compartilharam fantasias macabras de tortura, assalto, mutilações e assassinato.
Escravas Sexuais.
(Gerald Armond & Charlene Gallego – Califórnia, Oregon e Nevada, EUA)
Nascido em 17 de julho de 1946, Gerald Armond nunca conheceu o pai, que foi um homicida executado. Mas, segundo muitos, ele herdou seu temperamento violento. Ele era espancado pela mãe e pelos inúmeros namorados dela, crescendo como um dependente de amor e atenção, no entanto, não conseguia manter um relacionamento. Aos 30 anos, ele já havia deixado diversas esposas. Ele também havia tido uma filha, de quem abusou sexualmente. Já Charlene era filha de um empresário bem sucedido, que viajava com freqüência. Durante uma viagem, sua mãe acabou se acidentando e Charlene teve que assumir as funções de casa. Charlene iniciou um relacionamento com um homem casado, porém, o caso não foi adiante. Desolada, Charlene tentou suicídio. Foi por essa época que ela conheceu Gerald.
Gerald logo contou à sua companheira suas fantasias com sexo violento e ela aceitou em ser sua parceira submissa. Os dois alugaram uma casa e logo Gerald trouxe uma dançarina de 16 anos. Era uma relação à três, mas as mulheres não podiam se tocar uma na outra. No entanto, um dia, ao chegar do trablaho, Gerald viu a mulher e a jovem na cama, fazendo sexo. Ele espancou a adolescente e a jogou pela janela. Também agrediu Charlene e pareceu perder o interesse sexual nela.
Gerald sodomizou uma menina de 14 anos, filha de um vizinho. Não s e sabe ao certo de Charlene estava ou não presente, mas, após o episódio, surgiu a idéia de sequestrar moças para servir como escravas sexuais. Charlene concordou.
As próximas vítimas foram Brenda Judd, 14 e Sandra Colley, 13, que também foram atraídas para a van do casal, em Nevada, no dia 24 de junho de 1979. Gerald estuprou as duas diversas vezes, enquanto Charlene observava tudo pelo retrovisor. Eles estacionaram o carro em uma área isolada. Gerald foi descansar enquanto assistia Charlene praticando atos sexuais com as meninas. Charlene obrigava as duas a fazerem sexo entre elas.
Gerald pegou uma pá de dentro do veículo e assassinou as meninas. Cavou uma sepultura funda e enterrou os cadáveres delas. Os restos mortais das duas só seriam encontrados por um operador de trator em 1999. As adolescentes eram consideradas fugitivas até Charlene confessar o assassinato delas. As próximas vítimas foram Stacey Redican e Karen Chipman Twiggs, sequestradas em 24 de abril de 1980. Como as outras meninas, Karen e Stacey foram estupradas e assassinadas pela dupla. A grávida Linda Aguilar e Virginia Mochel entraram para a lista de vítimas logo após. Nas primeiras horas da manhã de 2 de novembro de 1980, Gerald viu um casal jovem, Craig Miller, 22 anos de idade e Mary Elizabeth Sowers, 21 anos. Gerald saiu do carro e caminhou até os dois, ameaçando-os com uma arma. Porém, para seu azar, amigos do casal viram quando Gerald os levou até o carro e anotaram a placa do veículo. Gerald e Charlene levaram os dois até uma área isolada, onde Gerald matou Craig com um tiro na cabeça à queima-roupa, para horror de Mary. Em seguida, Gerald atirou mais duas vezes no rapaz. Uma vez que Craig estava morto, os três seguiram para a casa de Charlene e Gerald, onde Mary foi estuprada por horas antes de ser novamente levada para uma área isolada e executada com três tiros.
Gerald em seu julgamento.
A polícia, porém, já estava no encalço do casal e eles foram presos. Gerald foi lavado a julgamento na Califórnia e em Nevada no ano de 1984, sendo considerado culpado em ambos os estados. Charlene não foi considerada culpada na Califórnia. Ele concordou em testemunhar contra o namorado e recebeu a sentença de 16 anos por cumplicidade nos homicídios. Gerald foi condenado à morte em ambos os estados, mas sua sentença de morte pelos crimes em Nevada foi anulada em 1999 e ele ganhou direito a um novo julgamento.Resultado: O júri novamente o condenou à morte. Charlene Gallego foi libertada da prisão de Nevada em julho de 1997. Gerald morreu de câncer no reto no ano de 2002 no Centro Médico do Sistema Prisional de Nevada.
Fotografia de Gerald, mais atual.
Paixão Violenta
(David & Catherine Birnie – Perth, Austrália)
Quando David Birnie e Catherine Harrison começaram a namorar, aos 14 anos, o casal enfrentou problemas com o pai dela, Harold. David não era um bom garoto, praticando pequenos crimes e sendo apreendido diversas vezes por isso. Obviamente, o pai de Catherine não queria que sua filha se relacionasse com ele. Os dois se separaram e levaram suas vidas. Constituindo famílias separadamente. Porém, Catherine nunca esqueceu o antigo namorado. Após dar à luz ao sétimo filho, Catharine abandonou seu atual marido e voltou para os braços de David. Ela mudou seu sobrenome, adotando Birnie e era aparentemente emocionalmente dependente de David.
David expressou suas fantasias envolvendo violência e Catherine parecia interessada nisso. Em outubro de 1986, o casal sequestrou uma estudante de 22 anos de idade, Mary Neilson. Mary procurava por peças de carro quando se aproximou de Birnie em seu trabalho em uma oficina de reposição de peças auto-motivas. Mary foi convidada para ir até a casa de David. Lá, foi surpreendida com uma faca, amarrada, amordaçada e acorrentada à uma cama.
David estuprava a menina várias vezes sob o olhar de Catherine. Os dois levaram Mary até o Parque Nacional de Gleneagles, onde David e Catherine estrangularam Mary com um fio de nylon e golpearam seu coração com uma faca. Seu cadáver foi enterrado em uma cova rasa. O segundo assassinato ocorreu em 20 de outubro do mesmo ano. Susannah foi sequestrada enquanto caminhava pela estrada Stirling, em Claremont. Ela foi levada à casa dos Birnires e obrigada a escrever cartas para seus parente dizendo que havia fugido. Susannah foi amarrada, acorrentada e estuprada diversas vezes. Quando David e Catherine tentaram estrangular-la com um nylon, Susannah reagiu violentamente. Catherine então a dopou com soníferos e os dois a estrangularam com o nylon.
Em 1 de novembro daquele ano, os Birnies viram Noelene Petterson, 31 anos, que caminhava para buscar gasolina para seu carro. Ela teve o mesmo destino das outras vítimas: Foi ameaçada com uma faca, sequestrada, amarrada, acorrentada e estuprada diversas vezes, mas, dessa vez, a vítima ficaria cativa por três dias. Catherine, com ciúmes, fez um ultimato ao marido: Se ele não matasse Noelene, ela mesmo faria isso. David dopou a mulher e a estrangulou, enterrando seu corpo na floresta. Catherine sentiu prazer em jogar terra no rosto de Noelene.
Em 5 de novembro, os dois seqüestraram Denise Brown, 21 anos, enquanto ela estava em um ponto de ônibus. Daid e Catherine levaram a mulher até uma floresta, onde David a estuprou. Eles a arrastaram do carro e David cortou a garganta da moça enquanto a estuprava. Antes de enterrar o corpo, David ainda deu dois golpes de machado na cabeça de Denise e enterrou seu corpo em uma cova rasa.
David Birnie.
O fim da linha para o casal foi o fato da quinta vítima ter sobrevivido. Kate Moir foi sequestrada em 10 de novembro e levada para a casa dos Birnie, onde foi estuprada, Catherine obrigou-a a ligar para seus pais, antes de levar a menina até a van do casal. Porém, Catherine se distraiu ao atender a porta e Kate conseguiu fugir por uma janela aberta, completamente nua. Ela relatou o ocorrido à polícia, dando o número do telefone e o endereço do casal. O casal alegou que Kate não havia sido raptada e que toda a atividade sexual havia sido consentida. No entanto, eles foram presos.
Catherine sendo flanqueada por duas policiais.
David prestou depoimento e confessou os quatro homicídios, demonstrando prazer em “levar a polícia até onde suas vítimas haviam sido enterradas”. Em seu julgamento, David Birnie se considerou culpado, apontando para a família das vítimas, disse: “É o melhor que eu posso fazer agora”. David e Catherine foram considerados culpados e condenados, ambos, à prisão perpétua. Na cadeia, eles trocaram cerca de 2600 cartas. David Birnie cometeu suicídio, enforcando-se na prisão em 7 de outubro de 2005. Até o momento, Catherine continua presa.
Catherine Birnie, fotografada na prisão.
Fora de Padrão
(Ray & Faye Copeland - Missouri, EUA )
Uma vez conhecido como fraudador, Ray não podia mais comprar ou vender gado. Ray traçou um plano rapidamente: Ele começou a contratar vagabundos e sem-tetos para trabalhar para ele, através desses, ele comprava o gado e vendia rapidamente. Seus empregados desapareciam de uma hora pra outra. O plano deu certo por um tempo, mas Ray foi descoberto e novamente preso.
Ray foi solto e voltou para seu negócio ilegal, No entanto, um antigo empregado do casal, Jack McCormick, telefonou pra a polícia e alegou ter visto ossos humanos na fazenda do casal. Apesar de duvidarem da palavra de Jack inicialmente, os policiais foram com equipes de buscas e cães farejadores até o local, principalmente devido ao registro policial de Ray Copeland. No inicio, nada foi encontrado. Quando começaram a perder as esperanças, três ossadas humanas foram achadas no solo. Todas as vítimas haviam sido mortas com tiros na cabeça de um rifle Marlin calibre 22, mais tarde, encontrado na casa dos Copeland.
Ray Copeland, montando um cavalo. Ray e Faye pareciam um casal normal.
Estava claro que Ray Copeland era um assassino frio, que havia matado seu empregados visando lucro financeiro através de golpes. Mas, havia uma dúvida: Qual era a participação de Feye no caso? Será que ela era culpada? Uma colcha de retalhos feitas com as roupas das vítimas mostrava que Feye sabia o que estava ocorrendo e não fez nada para impedir o marido.
Ambos os Copeland foram condenados à pena de morte por injeção letal. Faye, aos 69 e Ray, aos 76, é considerado, até o momento, as pessoas mais velhas executadas nos Estados Unidos.
Orgia de Sangue
(Douglas Clark & Carol Bundy – Califórnia, EUA)
Douglas e Carol formavam um casal incomum: Ele era um rapaz de boa aparência, um sedutor rico de 32 anos de idade, que havia namorado uma série de mulheres. Carol era uma baixinha divorciada, com óculos fundo de garrafa e acima do peso. Cinco anos mais velha que Clark. Ela havia se separado de um marido abusivo a pouco e encontrou um trabalho como enfermeira. Carol e Clark tinham algo em comum: Ambos eram movidos por sexo e não tinham limites. Juntos, os dois iniciaram um frenesi de assassinatos por motivos sexuais.
Clark havia passado pela vida militar, frequentando a prestigiada Culver Military Academy, se formando em 1967 e se alistando na força aérea. Sua vida começou a degringolar e ele foi dispensado. Ele passou a trabalhar como mecânico, mas grande parte de sua força era gasta com suas relações sexuais. Ele se auto-intitulava o rei das relações sexuais. Doug se mudou para Los Angeles, onde frequentava bares e arranjava mulheres. Em 1980, ele conheceu Carol Bundy.
Douglas Clark, um sedutor e manipulador experiente sabia exatamente o que precisava para seduzir a necessitada Carol Bundy. Ele a ganhou imediatamente e se mudou para o apartamento dela. Rapidamente, Douglas descobriu que Carol Bundy era a mulher perfeita para ele dividir suas fantasias homicidas.
Douglas passou a levar prostitutas para o apartamento e fazia sexo com ambas as mulheres ao mesmo tempo. Sua atenção se voltou para uma menina de 11 anos, filha de um vizinho. Carol atraiu a garota para jogos sexuais e para posar para fotografias pornográficas. A ação foi prazerosa para Douglas, mas ele não estava satisfeito. Clark disse a Carol que tinha desejo de matar a menina durante o ato sexual e a mulher saiu para comprar duas pistolas..
A matança do casal começou em junho de 1980. Douglas chegou em casa e informou a Carol que havia matado duas garotas enquanto elas faziam sexo oral nele. As moças haviam sido sequestrada na Sunset Strip. Clark levou os cadáveres para a garagem, onde os sodomizou. Carol ficou assustada. Ligou para a policia a falou saber sobre os crimes, mas se negou revelar a identidade de Clark.
Doze dias depois, Douglas matou novamente. As vítimas eram duas prostitutas: Karen Jones e Exxie Wilson. Mais uma vez, Clark as matou e deixou os corpos em lugares visíveis.Porém, dessa vez, Clark guardou a cabeça de Exxie Wilson como troféu na geladeira. Carol maquiou a cabeça, e Clark praticou sexo oral com ela. Tempos depois, a cabeça foi abandonada em uma caixa de papelão em um beco. Após três dias, outro corpo foi encontrado na mata no Vale São Fernando. A vítima era Marnette Comer, uma fugitiva morta cerca de três semanas antes. Sendo a primeira vítima de Clark.
Carol Bundy se apaixonou por John Murray e foi vê-lo cantar. Após a apresentação, ela e John sentaram-se e conversaram. Carol acabou revelando os jogos sexuais homicidas que ela e Clark haviam realizado e logo percebeu que estava fazendo uma besteira. Ela então atraiu Murray para sua van, onde os dois fizeram sexo e ela atirou nele a queima-roupa. No entanto, Carol cometeu vários erros. Não suportando a pressão, confessou o assassinato à amigos, que chamaram a polícia.
Douglas Clark foi preso e suas armas foram encontradas em seu trabalho. Bundy foi acusada do assassinato de Murray e o de uma vítima desconhecida, que havia presenciado. Clark foi acusado de 6 assassinatos. Ele se auto-representou e alegou que Bundy era culpada por tudo.
Douglas Clark no tribunal.
O júri não acreditou nele e o condenou à pena de morte, enquanto Carol foi condenada à prisão perpétua. De forma irônica, a morte chegou primeiro para Carol Bundy, que morreu em 2003. Douglas Clark continua preso aguardando sua execução.
Fotografias atuais de Douglas Clark e Carol Bundy.
Pacto Sinistro
(Judith Ann Neelley & Alvin Neelley – Georgia, EUA)
Em casais assassinos, como visto anteriormente, o homem costuma ser o cabeça da dupla, enquanto a mulher participa como cúmplice solicita. Sua participação pode se intensificar com o passar do tempo e ela pode passar a ser um agente ativo na dupla. Porém, o caso de Judith e Alvin Neelley foi diferente.
Nascida em 7 de julho de 1964, em Murfreesboro, Tennesee, Judith era a filha do meio entre cinco irmãos. Seu pai faleceu quando ela tinha 9 anos de idade em um acidente de moto. Isso a marcou de certa forma. Aos 15 anos, ela conheceu Alvin Neelley, nativo da Georgia. Alvin era tido como um menino traquinas, sempre sorridente. Rejeitado pela marinha devido um pequeno problema cardíaco, Alvin tentou o casamento, tendo três filhos, mas não conseguiu manter-se na vida de casado. Ele acabou indo para o Tenessee, onde conheceu Judith, onze anos mais jovem que ele.
Alvin e Judith se estabeleceram em Kennesaw, mas o emprego de Alvin não oferecia nada de promissor. O casal começou a praticar pequenos furtos e a emitir cheques sem fundo em suas andanças. Judith assaltou uma mulher à mão armada e acabou sendo presa. Alvin também foi preso acusado de assalto.
O casal trocou correspondência na cadeia. Algumas eram amorosas, outras eram acusatórias e ciumentas. Alvin acusou Judith de dormir com guardas da prisão, enquanto ela ameaçou de morte as namoradas imaginárias de Alvin. Judith foi liberada sobre custódia em novembro de 1981, esperando cinco meses pela liberação de Alvin.
Após a liberação de Alvin, Judith o convenceu a sair pelas ruas praticando atos violentos por puro prazer. Em 10 de setembro de 1982, o casal invadiu a casa de Ken Dooley, um professor que lecionava no YDC (instituição para menores infratoras onde Judith havia ficado) e dispararam quatro tiros. Na noite seguinte, um coquetel molotov (uma bomba incendiária caseira) incendiou a casa ocupada por outra pessoa da YDC, Linda Adair. Na madrugada de 12 de setembro, Judith deu um telefonema para a policia, alegando que os ataques foram motivados pelo abuso sexual sofrido no YDC.
Duas semanas depois o casal raptou Lisa Millican, 13 anos, que passeava por um Shoopiing. Lisa foi levada para hotéis baratos, onde era molestada repetidas vezes. Três dias depois, Judith injetou um produto para limpar encanamentos no braço de Lisa, mas ela errou a veia. O produto transformou o músculo da garota em uma “pasta, parecida com pasta de anchova”. Lisa sobreviveu ao doloroso processo, sendo levada, pelo casal, até um deserto e executada com três tiros.
Lisa Millician, vítima de Alvin e Judith.
Três dias depois da descoberta do cadáver de Lisa, em 3 de outubro, John Hancock, 26 anos, caminhava com sua namorada, Janice Chatman, 23 anos, quando foi abordado por Judith, que os convidou para uma festa. Apesar de Judith ser uma desconhecida para ele, o casal topou em ir. Em uma área de mata fechada, Alvin esperava pela namorada. Judith sacou uma arma e atirou nas costas de John, deixando para morrer. Janice Chatman desapareceu com a dupla e as crianças deles. John Hancock sobreviveu e conseguiu ir até a polícia. A policia, inicialmente, não viu conexão entre os crimes, mas isso mudou após o depoimento de Linda Adair. O caso de Jack ocorreu perto de sua residência, e ela reconheceu a descrição da loura esbelta com duas crianças. Linda ofereceu para a policia fotografias de Judith, e Jack a reconheceu como a mulher que o havia atacado. Outras duas mulheres, abordadas por Judith, também a reconheceram.
Uma Rajada de Balas
(Bonnie Parker & Clyde Barrow – Lousiana, USA)
Foi amor à primeira vista. Bonnie Parker e Clyde Barrow se conheceram em janeiro de 1930. Clyde já havia decidido levar uma vida no crime, o que aumentou o interesse de Bonnie nele (Bonnie já havia sido casada, mas o relacionamento não deu certo).
Bonnie Parker nasceu em 1 de outubro de 1910, em Rowena, Texas. Desde cedo, ela demonstrou ser uma menina sagaz e rebelde, sempre se envolvendo com maus-elementos. Na adolescência, se relacionou com um bad boy chamado Ray Tornton, mas o romance acabou quando Ray foi preso em 1926. Bonnie havia até tatuado o nome dele em sua coxa. Bonnie Parker então foi trabalhar como garçonete para se sustentar. Em 1929, Bonnie estava casada, mas o casamento só existia no papel e Bonnie estava procurando outra forma de divertimento, quando conheceu Clyde Chesnut Barrow.
Clyde era um ano mais velho que Bonnie, e era filho de um meeiro empobrecido que trocou os campos de algodão pelo serviço em um posto de gasolina. Desde cedo, Clyde decidiu qual destino queria seguir. Ele viu que a escola não o conduziria ao caminho desejado e a abandonou. Passou a praticar pequenos crimes, sempre na companhia de seu irmão, Buck, com quem estava nas alegrias e nas tristezas. Bonnie estava junto com Clyde quando Buck foi preso. Logo depois, Clyde também foi preso, mas não ficaria muito tempo: Bonnie conseguiu colocar uma arma dentro da prisão e o namorado fugiu na companhia de outro preso, sendo recapturado algum tempo depois. Clyde viu seu futuro na prisão, trabalhando em um escaldante campo, e isso não era nada animador. Durante uma briga, perdeu dois de seus dedos do pé com um golpe de machado. Clyde não sabia, mas sua mãe estava conversando com as autoridades e logo Clyde foi liberado, em fevereiro de 1932. No início, Clyde ficou receosos em mandar Bonnie para a linha de tiro, mas a jovem se demonstrou feita de aço. O casal seguiu com seus crimes, até que Bonnie foi presa. Clyde e outro membro da gangue, Ray Hamilton, assaltaram uma loja, matando seu proprietário. Agora ele era procurado por homicídio.
Bonnie foi livre e seguiu com o grupo. A partir daí, Bonnie e Clyde mataram indiscriminadamente quem se encontrava em seus caminhos. Eles escaparam de duas emboscadas policiais: Uma no Missouri, em 19 de julho de 1933 e outra perto de Sowers, Texas, quatro meses mais tarde, em 22 de dezembro. Foi nesse anos que o FBI se interessou pela dupla, pois Bonnie e Clyde haviam atravessado vários estados com um carro roubado.
Em 23 de maio, quando voltavam para Black Lake, Louisiana, os policiais haviam armado uma terceira emboscada. Um grupo de seis homens fortemente armados esperava pelo carro Sedan de Bonnie e Clyde. Os policiais abriram fogo e Bonnie e Clyde foram crivados de balas na Rota 154, à 13 quilômetros ao sul de Gibsland. Bonnie Parker foi alvejada por mais de 50 balas, enquanto Clyde levou 27 tiros. Caçadores de suvenires chegaram ao local. Um deles tentaram arrancar a orelha de Clyde. O lema de Bonnie Parker era: “Nunca irão me pegar com vida”. De fato, foi isso que aconteceu.
Os cadáveres crivados de bala de Bonnie Parker e Clyde Barrow.
O caso causou imensa repercussão. O fascínio macabro pela história da dupla e a exploração comercial dela começou imediatamente. O carro cravejado de balas virou atração turística e cada visitante poderia vê-lo por 25 centavos. As dificuldades da depressão, de certa forma, justificaram as ações de Clyde e de sua namorada, e eles eram visto como “Anti-heróis”, não como os bandidos frios e sem amor pela vida que eram. O caso virou filme: Bonnie e Clyde, uma Rajada de balas em 1967.
M.U.R.D.E.R.
(Gwendolyn Graham & Catherine May Wood – Michigan, EUA)
Gewndolyn Graham e Catherine Wood, o casal de enfermeiras americanas que criaram um jogo macabro. Elas desejavam assassinar 6 pacientes idosas cujas primeiras letras de seus nomes formassem a palavra MURDER (traduzindo: assassinato). O plano, no entanto, deu errado. As vítimas selecionadas tinham muita força e conseguiram lutar com as duas. Elas então mudaram de estratégia, matando as vítimas mais debilitadas independente de suas iniciais
As duas se uniram após o ingresso de Graham na Casa de Saúde de Alphine Manor, em Walker, subúrbio de Grand Rapids. Cath Wood era superior imediata de Graham e havia saído de um casamento de sete anos, o que a fez engordar demais. Sua vida estava num vácuo emocional quando ela conheceu Gwendolyn, as duas se tornaram amigas inseparáveis. A amizade logo cruzou a linha para um relacionamento amoroso lésbico e Cath fez dieta para perder os quilos a mais para agradar a namorada.No fim do ano de 1986, as duas juraram amor eterno, não importa o que acontecesse.
Gwen puxou assunto sobre assassinato premeditado, entretanto, Catherine acreditou tratar-se de uma brincadeira. As suspeitas sumiram após Graham amarrar Catherine durante o sexo, estrangulando a namorada até ela perder a consciência. Catherine, entretanto, não se manifestou. Ela acabou entrando no jogo de sexo violento que culminaria em assassinato.
Catherine Woods emagreceu para a gradar a amante. Após sua decepção com o fim de um relacionamento de 7 anos, Catherine encontrou conforto nos braços de Gwendolyn.
Os homicídios da dupla foram cometidos por pelo menos três meses. Após o plano de formar a palavra MURDER fracassar, as duas decidiram matar idosas que fossem mais frágeis. O plano era de que Catherine espiaria, enquanto Graham asfixiava as vítimas com uma toalha molhada pressionada na boca e nariz. Algumas vezes, o prazer sexual com o homicídio era tanto, que as duas se dirigiam imediatamente para uma sala vazia, onde faziam sexo enquanto suas memórias estavam "frescas". As duas relatavam os assassinatos aos colegas, que não levavam as palavras a sério. Gwen guardou objetos pessoais de algumas vítimas como souvernis: Presilha, lenço, broche e dentadura.
Em abril de 1987, Catherine se negou a cometer um assassinato. Gwen então a largou, indo para o Texas com outra lésbica, Heather Barage. Catherine ficou desamparada e contou os assassinatos ao ex-marido, Ken Wood. Ele demorou 14 meses para relatar o caso à policia, que ficou cética quando a história. Cerca de 40 pacientes do Grand Rapids morreram de causas naturais no primeiro trimestre de 1987. Oito mortes pareciam diferentes. Refletindo sobre eleas, os policiais criaram uma relação de possíveis vítimas, excluindo trás pessoas da lista de oito: Marguerite Chamber, 60 anos, Edith Cole, 89 anos, Myrtle Luce, 95 anos, Mae Mason, 79 anos e Belle Burkhard, 74 anos. Em nenhum dos casos houve uma forte evidência de homicídio, mas, levando em consideração os relato do Sr. Wood, uma investigação foi iniciada.
Ambas as mulheres foram presas em dezembro de 1988. Wood confessou a participação nos crimes em setembro de 1989, o que a livrou de uma pena de prisão perpétua. Os advogados de Graham alegaram que ela estava sendo vítima da "mentirosa Cathy", o que não convenceu os jurado. Gewndolyn Graham foi considerada culpada por cinco homicídios e por conspirar em outros assassinatos. Ela recebeu a pena de prisão perpétua. Catherine recebeu pena de 40 anos de detenção.
Corações Solitários
(Martha Beck & Raymond Fernandez – Michigan e Nova York, EUA)
A história de Raymond Fernandez e Martha Beck foi uma das mais sensacionais a sobressair nas notícias da época. Uma história suja de dois amantes que se conheceram por intermédio de “Anúncios de corações solitários” e saíram por aí matando e roubando mulheres solteiras. O fato apelidou o casal de “Assassinos dos corações solitários”.
Raymond Fernandez, nascido no Havaí e naturalizado espanhol, era um golpista baixo, que respondia mulheres solteiras através anúncios dos corações solitários. Essas mulheres ficavam entusiasmadas e caiam na lábia do rapaz bem trajado e boa pinta. Raymond então furtava as jóias, talões de cheque e dinheiro das pobres vítimas. Pouquíssimas mulheres que ele enganou foram à policia. A maioria ficava com vergonha por terem se envolvido com um amante “latino”. Em um caso, Fernandez foi além do roubo. Ele deixou sua vítima, Jane Thomas, morta, falsificando seu testamento e tomou seus pertences, embora a mãe da vítima ainda vivesse na casa.
Uma das muitas correspondências de Fernandez era a de Martha Beck, mãe solteira de dois filhos, solitária e acima do peso, que tinha um emprego como enfermeira. Beck havia tido uma infância difícil, tendo sido abusada sexualmente por seu irmão. Martha responsabilizou a mãe pelo incidente. No emprego, seu porte era motivo de preconceito entre os colegas de trabalho. Martha Beck engravidou de um soldado, mas ele se recusou a casar com ela. Beck não desistiu e encontrou um marido, de quem engravidou, infelizmente, o casamento não era feliz e os dois se divorciaram.
Quando Martha conheceu Fernandez, ela imediatamente ficou obcecada por ele. Ao ponto da loucura, ela seguiu com seus dois filhos para Nova York. Quando Raymond se queixou das crianças, ela logo tratou de mandá-los para um albergue do Exército da Salvação. Fernandez contou à Martha suas tramoias e ela logo tratou de apoiá-lo. Martha se apresentava para a as vítimas como irmã ou cunhada de Fernandez, ajudando-o a ganhar a confiança das vítimas. No início, a dupla apenas roubava e enganavam as vítimas, mas não demorou muito a começaram a matar. Quem começou a matança foi Martha Beck, que assassinou uma das vítimas, Janet Fay, num ataque de ciúmes. Myrtle Young morreu por uma overdose administrada por Raymond. Delphine Downing morreu após levar um tiro em frente a filha de dois anos. Como a criança não parava de chorar, Martha a afogou na banheira.
Martha Beck e Raymond Fernandez à direita
Os dois foram presos. Durante o julgamento, em 1949, a mídia exagerou em tecer comentários sobre o peso de Martha, parecendo que a mulher não estava sendo julgada por homicídio, mas sim por estar acima do peso. Os detalhes mais sóbrios dos crimes foram expostos na mídia, o que escandalizou a sociedade. Quando o julgamento chegou ao fim, Raymond e Martha foram condenados à pena de morte por eletrocussão Em 8 de março de 1951, Martha Beck foi eletrocutada, logo depois, foi a vez de Fernandez.
Julgamento de Martha Beck e Raymond Fernandez. |
Assassinos por natureza
(Charlie Starkweather & Caril Fugate – Nebrasca, EUA)
Charlie foi expulso de casa após a sua namorada bater seu carro em outro veículo. O carro estava no nome do pai de Charlie, que teve que arcar com os prejuízos. Charlie arrumou emprego como varredor.
Em primeiro de dezembro de 1957, ele assassinou o frentista de um posto de gasolina, Robert Colvert, 21, após este lhe negar vender um urso de pelúcia a fiado. No mês seguinte, ele começou uma matança sem precedentes. Charlie foi visitar Caril, mas a jovem não estava em casa. ele a esperou enquanto brincava com um rifle de casa, o que irritou a mãe de Caril, Velda Bartlett. Quando a mulher pediu para que Charlie parasse, a resposta foi um tiro em sua cabeça. Charlie também matou o padrasto de Caril, Marion Bartlett. Quando Caril Fugate voltou para casa, encontrou Charlie esfaqueando sua irmã de 2 anos, Betty Jean. Depois de esconder os cadáveres pela casa, os dois permanecerem na residência por 6 dias. Um bilhete toscamente escrito foi colado na porta: "Fique longe, todas as pessoas aqui estão doentes com a Gripe" (sic).
Dois adolescentes, Robert Jensen e Carol King, ofereceram carona ao casal. Charlie recompensou a generosidade matando os dois e roubando o veículo. Mais tarde, Charlie alegou que Caril Fugate matou e mutilou a srta. Carol King.
Policiais investigam uma das cenas dos crimes de Charlie e Caril.
Depois disso, o casal se dirigiu para a casa de C. Lauer Ward, um empresário rico de 47 anos. Os dois esfaquearam a esposa dele, Clara, 46 anos, e a criada da família Lillian Fencl. Quando o Sr. Ward voltou para casa, Charlie o esfaqueou também. A próxima vítima fatal foi o vendedor de sapatos Merle Collison, 37 anos, morto em seu carro. Charlie alegou que Fugate havia matado o vendedor, pois sua arma havia emperrado. O casal tentou fugir, mas acabou preso.
Fotografias da detenção de Charlie Starkweather e Caril Fugate.
Os Pombinhos
(Paul Bernardo & Karla Homolka – Toronto, Canadá)
Karla Leanne Homolka nasceu em Port Credit, Ontáro, Canadá, em 4 de maio de 1970, sendo a mais velha de três filhas. Loura e bonita, Karla conheceu Paul Bernado em 17 de outubro de 1987. Bernardo era um belo e sofisticado contador, cuja condição era confortável. Uma hora depois de terem se conhecido, os dois fizeram sexo.
Homolka foi demitida de seu emprego em uma clínica veterinária por furtar medicamentos. Na véspera de natal daquele ano, Paul Bernardo a pediu em casamento. Um momento que Homolka descreveu como o “mais romântico de sua vida”. Karla jurou fazer qualquer coisa para manter o marido feliz... Qualquer coisa mesmo.
Havia um problema na relação: Karla Homolka não era virgem quando conheceu Paul Bernardo e isso o incomodava. Ele convenceu Homolka que, por ter sido enganado, era seu direito tirar a virgindade de Tammy, até então, com 15 anos, e gravar tudo em vídeo. Karla concordou. Em julho de 1990, Paul Bernardo levou Tammy para um drink e depois confessou a Karla que eles ficaram bêbados e começaram a transar. Karla sabia da infidelidade de Bernardo, que, aliais, era um estuprador procurado: O Estuprador de Sacarborough, que havia atacado doze mulheres desde 1987. Porém, ela o amava e se preparou para o casamento, sabendo que se preparava também para o momento em que o casal estupraria Tammy.
Dois dias antes do natal de 1990, Paul e Karla misturaram sonífero na bebida de Tahmmy. Depois Karla pressionou um pano encharcado de Halotano contra a boca e o nariz da irmã. Os dois levaram a menina para o porão, onde filmaram o estupro. Bernardo obrigou Karla a fazer sexo oral na própria irmã. Ainda inconsciente, Tahmmy começou a vomitar. Algumas horas mais tarde, foi declarada morta no Hospital St. Catherine. A causa da morte foi asfixia pelo próprio vômito, resultado da embriaguez.
Karla e Paul se mudaram para uma casa, número 57 da Bayview, Port Dlhousie, onde Karla procurou uma substituta para Tammy. Na sexta-feira, 7 de junho de 1991, eles encontraram uma garota parecida com Tammy e a drogaram. Bernardo a estuprou e tirou sua virgindade. O ato foi filmado e Bernardo também a sodomizou.
Oito dias depois, Bernardo conheceu Leslie Manhaffy e a sequestrou. Em casa, ele a estuprou repetidas vezes por 24 horas, antes de matá-la. Enquanto isso, a adolescente que eles haviam drogado e estuprado frequentava a casa com regularidade, praticando sexo oral em Bernardo. Ela ainda acreditava ser virgem, por isso não permitia relações sexuais plenas. Em 30 de novembro de 1991, Terri Anderson, uma bela adolescente de 14 anos desapareceu. Em 16 de abril, o casal sequestrou Kristen French no estacionamento da igreja de St. Catherine. O casal passou três dias torturando a menina e filmando tudo em vídeo. Dias depois, o cadáver nu de Kristen apareceu em uma vala.
Em 27 de setembro de 1992, Paul Bernardo agrediu a esposa com uma tocha. Em 5 de janeiro de 1993 ela registrou queixa contra ele e Bernardo foi preso. A polícia encontrou muitas provas incriminadoras na casa do casal e Karla foi presa. Ela aceitou uma pena de 14 anos de prisão em troca de um depoimento contra o marido. Argumentos legais adiaram o inicio do julgamento de Bernardo até maio de 1995. Ele declarou que, embora estivesse estuprado e torturado as meninas, foi Karla que havia as matado.
Paul Bernardo sendo levado preso.
As três vítimas conhecidas do casal: Tammy, Leslie e Kristen.
Em 2004, o Toronto Sul divulgou que. Na cadeia, Karla estava tendo relações sexuais com um detento, com o qual desejava se casar. Também foi dito que ela mantinha um relacionamento lésbico com Lynda Verronneau, que mais tarde escreveu um livro sobre Karla Homolka. Em primeiro de setembro de 1995, Paul Bernardo foi condenado à perpétua por todas as acusações de rapto, estupro e assassinato de Leslie Mahaffy e Kristen French. As fitas gravadas pelo casal foram destruídas. Karla Homolka foi liberta em 2005. Seu pedido de mudança de nome foi rejeitado. Em 2007 ela teve um filho e hoje vivi nas Antilhas, Índias Ocidentais. Bernardo continua preso.
Atração Mortal
(Ian Brady & Myra Hindley – Manchester, Inglaterra)
Considerados os mais terríveis serial killers do Reino Unido, Ian Stewart Brady e Myra Hindley se tornaram a personificação do mal. Seus crimes cometidos nos anos 60 foram considerados tão vis, que seus nomes são considerados uma espécie para o mal encarnado até hoje, apesar dos dois cometerem um número relativamente baixo de homicídios em relação à outros assassinos em série ingleses.
Myra Hindley conheceu Ian Brady, escocês ilegitimo, quando começou a trabalhar na Millwards, uma industria química em 16 de janeiro de 1961. Ela se sentiu atraída pelo calado e solitário Brady, mas não o dirigiu nenhuma palavra sobre isso. Os dois se envolveram em 22 de dezembro, durante uma festa de natal. Ian Brady tinha um passado violento e havia passado diversas vezes por reformatórios juvenis. Sua mãe era separada, o que fez com que ele crescesse confuso em relação ao pai. Ele adotou o sobrenome do padrasto, “Brady”, quando tinha 17 anos. Quando levado para morar na Inglaterra, sofreu gozações por seu sotaque escocês puxado.
Brady tinha interesse pelo nazismo, niilismo e pela filosofia do super-homem de Nietzsche. Além de uma ampla coleção de livros sobre perversão sexual, principalmente livros do Marques de Sades. O gosto de Brady era considerado refinado e, ao mesmo tempo, bizarro, mas isso não repeliu Hindley. Pelo contrário, a atraiu ainda mais. Myra Hindley já havia se relacionado antes, mas queria algo além da relação convencional. Algo que ela encontrou em Ian Brady. Nem quando Ian revelou seu desejo de cometer crimes, Myra pensou em "pular fora". Para agradar o namorado Myra Hindley pintou os cabelos de louro e passou a usar vestido, meias e botas pretas.
Dois anos depois, Ian e Myra fizeram sua primeira vítima, Pauline Reader, 16 anos. Ela ia para um baile, quando foi atraída por Myra, que lhe pediu ajuda para procurara uma luva perdidaIan a matou e enterrou o corpo no charco de Saddleworth. Myra prometeu recompensar a menina com discos, caso ela ajudasse a encontrar a luva. Ian chegou logo depois, golpeou Pauline, a estuprou e cortou seu pescoço.
Em 23 de novembro de 1963, o casal sequestrou e assassinou John Kilbride, 12 anos, em um mercado. Eles também enterraram seu cadáver no pântano. Em 16 de junho de 1964, Keith Bennett foi sequestrado, violentado e morto pelo casal. Em 26 de dezembro de 1964, o casal sequestrou Lesley Ann Downey, 10 anos. Brady a torturou e fez fotos pornográficas com a menina. A tortura também foi gravada em áudio. Depois da sessão, Brady ou Hindley a sufocou com um saco plástico.
Lesley Ann Downey, 10 anos, sequestrada pelo casal
Fotografia do corpo de Lesley Ann Downey, 10 anos de idade
O casal, principalmente Ian Brady, começou a se considerar invencível e se gabar de suas crueldades e façanhas para pessoas próximas. As pessoas não acreditavam. Uma delas foi David Smith, cunhado de Myra Hindley. Brady decidiu mostrar para Smith que era capaz de matar e o convidou para acertar contas com um adolescente. Myra convidou Smith para o número 16 da Wardle Brook Avenue, Hattersley, onde o casal morava na noite do dia 6 de outubro de 1965. Ian Brady assassinou o adolescente homossexual de 17 anos, Edward Evans, na frente de David Smith. Chocado, David contou tudo à Maureen, irmã de Myra. Os dois foram até a polícia e o casal foi preso.
As buscas nos charcos em Saddleworth começaram e o cadáver de duas vítimas, Lesley e John, foram encontrados. O casal foi levado à julgamento juntos, o que foi ruim para Myra. Apesar de fazer o papel de cúmplice, o fato de está ao lado de Ian, fez com que o público equivalesse sua culpa. Ian Brady foi considerado culpado pelos assassinatos de John Kilbride, Lesley Ann Downey e Edward Evans. Myra foi acusada somente dos homicídios de Evans e Lesley Ann. Ambos foram condenados à prisão perpétua, um golpe d e sorte para eles, uma vez que havia uma semana que a pena de morte havia sido abolida no Reino Unido. Ian aceitou sua pena, mas Myra a todo momento se declarou inocente.
Buscas nos charcos aos redores de Manchester. O cadáver de Keith Bennet nunca foi encontrado.
Na cadeia, Ian e Myra cortaram a relação. Myra retornou ao catolicismo, mas, em contrapartida, teve alguns relacionamentos lésbicos na prisão. Em primeiro de julho de 1987, os restos mortais de Pauline Reader foram encontrados com a ajuda de Myra Hindley. O cadáver de Keith Bennet continua desaparecido.
Myra Hindley morreu na cadeia, aos 60 anos de idade, em novembro de 2002. Ian Brady continua preso, fazendo diversas greves de fome. O edifício número 16 da Wardle Brook Avenue foi demolido em 1987
Mansão dos Horrores
(Rosemary & Fred West – Gloucestershire, Inglaterra)
Rose e Fred West são responsáveis por cerca de 12 homicídios, todos envolvendo jovens moças, em um frenesi de matança sexual que fez a sociedade britânica relembrar os crimes de Ian Brady e Myra Hindley, os "Assassinos dos Pântanos".
Fred West nasceu em 29 de setembro de 1941. Ele manteve uma relação incestuosa com a mãe, relação que teve inicio aos 12 anos de idade. Aos 17 anos ele sofreu uma contusão na cabeça em um acidente de moto e ficou em coma por oito dias. Em 9 de novembro de 1961 ele foi levado ao tribunal por manter relações sexuais com uma menina de 13 anos de idade, mas a vítima se negou a fornecer evidências e o julgamento acabou sendo cancelado. Fred casou-se com Catherine Costello, grávida de um asiático. Sua filha Charmaine nasceu em 22 de março de 1963. Fred se relacionou com Anna McFall, amiga de sua esposa. Quando Anna começou a fazer pressão sobre Fred, ele a assassinou e esquartejou. Anna estava grávida de 8 meses. Os dedos de Anna forem decepados, algo que se tornaria a assinatura de Fred.
Em 6 de janeiro de 1968, ele sequestrou e matou Mary Bastholm, 15 anos. Em 29 de novembro de 1968, Fred conheceu Rosemary Letts. Ele ficou animado quando Rose aceitou participar de suas fantasias sexuais pervertidas. Rosemary se tornou prostituta e teve uma filha, Heather, em 17 de outubro de 1970.
Fred foi detido por infrações de trânsito e ficaria preso até 1971. Rosemary matou Charmaine em Midland Road, número 25, Gloucester. Tempo depois, Fred matou sua esposa, Catherine. Tirados os empecilhos do caminho. Fred e Rose se casaram em 29 de janeiro de 1972, se mudando para o número 25 da Cromwell Street.
Ao longo dos anos seguintes, os West assassinaram Lynda Gough, que trabalhava para o casal como babá. Seu corpo foi desmembrado e enterrado no quintal. No anos seguinte, Rose deu à luz ao seu filho Stephan e o casal assassinou Carol Ann Cooper, 15 anos, morta, desmembrada e enterrada no porão. As perversões dos West escalaram de tal forma, que logo outra vítima foi feita: Lucy Pertington, 21 anos, torturada por uma semana antes de ser morta, desmembrada e enterrada no porão.
Durante os 18 meses seguinte, os West mataram mais três jovens: Theresa Siegenthaler, 21; Shirley Hubbard, 15; Juanita Mott, 19. Todas foram torturadas em jogos sexuais de uma forma inimaginável. Quando seus corpos foram exumados do porão, estavam vestindo trajes de escravas sexuais. A cabeça de Shirley Hubbard estava totalmente envolta em fita adesiva, com apenas um tubo plástico introduzido nas narinas, para que ela pudesse respirar. Em 1977, Rose, trabalhando como prostituta, engravidou de um de seus clientes. Por essa mesma época, Shirley Robinson, uma prostituta de 18 anos, engravidou de Fred. Fred decidiu que a amante teria que partir e Shirley foi assassinada. Como o porão estava cheio, Shriley e o feto foram enterrados no jardim.
Durante os 18 meses seguinte, os West mataram mais três jovens: Theresa Siegenthaler, 21; Shirley Hubbard, 15; Juanita Mott, 19. Todas foram torturadas em jogos sexuais de uma forma inimaginável. Quando seus corpos foram exumados do porão, estavam vestindo trajes de escravas sexuais. A cabeça de Shirley Hubbard estava totalmente envolta em fita adesiva, com apenas um tubo plástico introduzido nas narinas, para que ela pudesse respirar. Em 1977, Rose, trabalhando como prostituta, engravidou de um de seus clientes. Por essa mesma época, Shirley Robinson, uma prostituta de 18 anos, engravidou de Fred. Fred decidiu que a amante teria que partir e Shirley foi assassinada. Como o porão estava cheio, Shriley e o feto foram enterrados no jardim.
Aparentemente um casal normal, Fred e Rose escondiam segredos macabro envolvendo tortura e homicídio.
Alison Chambers, 17 anos, tornou-se a próxima vítima, em maio de 1979. Ela também foi enterrada no jardim. Os West aparentemente pararam de matar após esse homicídio, ainda não se sabe ao certo o porquê. Durante a década de 80, Rose estava profundamente ligada à prostituição, principalmente em jogos sexuais violento. Fred passou a filmar Rosemary em atos sexuais com os próprios filhos. Heather West contou o fato à uma amiga. Os pais da menina contou as alegações de Heather e, como resultado, Fred matou a própria filha em 19 de junho de 1987.
Em maio de 1992, Fred estuprou uma menina de 13 anos de idade que contou tudo a um amigo. A policia foi até o lar dos West, procurando por evidências do abuso.Um policial estava com um mandado de busca por acusações de abuso sexual e pornografia infantil. Grande quantidade de material foi encontrada Fred foi preso por estupro e sodomia. Rose foi presa por cumplicidade. Anne Marie depôs apoiando sua acusação. Stephan, filho do casal, também depôs, mas os West passaram a ameaçar os filhos. O filho mais novo dos West foi colocado em uma instituição para menores e assistentes sociais ouviram quando ele fez piadas sobre sua irmã mais velha, Heather, ter sido enterrada no pátio. A procura por Heather começou em fevereiro de 1994 e Fred foi acusado de tê-la assassinado e confessou seus homicídios, negando qualquer participação de Rose neles.
Policial sai da casa com restos mortais de uma das vítimas.
Os restos de Heather foram encontrados em 26 de fevereiro de 1994. A escavação revelou muitos mais ossos humanos. Um total de nove corpos foram encontrados no jardim e outros corpos foram exumados em outros lugares posteriormente.. Em 13 de dezembro, os West foram acusados por assassinato. Fred enforcou-se um mês depois com pedaços de lençóis. Rose West foi condenada à prisão perpétua. e está presa até hoje. Ela é a segunda mulher a enfrentar a perpétua na Inglaterra nos tempos modernos (a primeira foi Myra Hindley, que morreu na cadeia em 2002).