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Isabela
morava com seu pai, João, um homem batalhador e dedicado, mestre de obras em
uma construção. A vida deles era simples, mas cheia de amor. Todas as noites,
Isabela esperava seu pai voltar do trabalho com um sorriso no rosto, sabendo que,
apesar das dificuldades, tinham um ao outro. O pequeno lar onde viviam era seu
refúgio seguro. Até o dia em que tudo mudou.
Numa tarde quente de agosto, João sofreu um
terrível acidente na obra. Um descuido, um desequilíbrio e, num instante, ele
caiu de uma altura fatal. O impacto foi seco, absoluto. Não houve gritos, não
houve despedidas. Apenas o silêncio cruel da tragédia. Quando Isabela recebeu a
notícia, sua infância acabou ali. Aos dez anos, ficou sozinha no mundo.
Mas a verdadeira crueldade ainda estava por vir.
As irmãs de João, mulheres frias e gananciosas,
não demoraram a agir. Antes mesmo que a menina pudesse entender o que estava
acontecendo, elas tomaram a casa para si. “Seu pai nos devia dinheiro”,
disseram, sem uma sombra de remorso. “Precisamos vender a casa para pagar as
dívidas.”
Isabela tentou argumentar, mas a verdade era
implacável: ninguém estava do seu lado. Sem piedade, as tias a expulsaram, sem
sequer se preocupar com o que aconteceria com ela. O único lar que conhecia, os
móveis que ainda guardavam o cheiro de seu pai, os brinquedos que um dia ele
comprara com sacrifício… tudo lhe foi arrancado sem o menor pesar.
De uma hora para outra, a menina se viu na rua. O
frio da madrugada se tornou sua nova companhia, e os bancos da praça, sua cama.
Isabela, que antes tinha um lar e um pai amoroso, agora mendigava comida e
buscava abrigo em marquises, invisível para o mundo. Algumas pessoas lhe davam
restos de pão, outras apenas desviavam o olhar, como se ela fosse um incômodo a
ser ignorado.
O tempo passou, e a luta diária para sobreviver
desgastou seu corpo frágil. Certa noite, ao tentar se aquecer no banco de uma
praça, ela conheceu um garoto chamado Felipe. Ele escutou sua história e,
tomado por compaixão, levou-a para sua casa. Seus pais, pessoas humildes e
bondosas, acolheram Isabela como puderam. Ofereceram-lhe comida, roupas limpas
e um teto. Mas o mal já havia sido feito. O frio, a fome e a solidão haviam
consumido suas forças.
Naquela noite, Isabela dormiu de verdade pela
primeira vez em muito tempo. Em seus sonhos, viu seu pai, sorrindo como antes,
e sentiu uma paz que há muito lhe havia sido roubada. Na manhã seguinte, porém,
os pais de Felipe tentaram acordá-la… mas Isabela não despertou. Seu pequeno
coração, esgotado de tanto sofrer, havia parado de bater.
A notícia de sua morte se espalhou rapidamente
pelo bairro. Todos lamentaram a menina abandonada, mas a dor verdadeira veio
quando se descobriu a verdade: as tias de Isabela haviam roubado tudo dela e a
deixado morrer na miséria sem um pingo de remorso. No entanto, a vida cobra seu
preço. Anos depois, aquelas mulheres envelheceram sozinhas, amarguradas e sem
ninguém para cuidar delas. A casa que tomaram com tanta ganância se deteriorou,
esquecida, desmoronando pouco a pouco, assim como suas vidas.
O nome de Isabela, que um dia foi ignorado, agora
era lembrado como um símbolo de injustiça. No pequeno túmulo onde foi
enterrada, amigos e desconhecidos deixavam flores, cartas e pequenos
brinquedos, tentando, de alguma forma, dar a ela o carinho que lhe foi negado
em vida.
No fim, as tias de Isabela jamais pagaram pelo
que fizeram… mas o tempo cuidou de fazer justiça à sua maneira.
FIM
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