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segunda-feira, 10 de maio de 2021

O CASO DA HELLO KITTY : POBRE FAN MAN_YEE SOFRIMENTO TOTAL UM MÊS ANTES MORRER


Em maio de 1999, uma garota de 14 anos foi parar numa delegacia policial em Hong Kong. Ela alegou que, nas últimas semanas, não conseguia dormir e que estava sendo constantemente atormentada pelo fantasma de uma mulher que havia sido amarrada por fios elétricos e torturada até a morte.

De início, os policiais ignoraram o caso, achando se tratar de pesadelos ou bobagens adolescentes. Eles não sabiam que aquele seria o crime mais bárbaro que ouviriam em todas suas carreiras.  

   A vítima

A vida de Fan Man-Yee, de apenas 23 anos, foi sofrida antes mesmo de seu trágico fim. Quando criança, ela foi abandonada por sua família e criada em um orfanato local. Sem estabilidade familiar e muito frágil emocionalmente, desenvolveu um vício em drogas, via na prostituição e em pequenos delitos a maneira ideal de ganhar dinheiro para sustentar sua dependência.

Em 1997, a jovem começou a trabalhar como anfitriã em uma boate. Apesar da luta incessante contra o vício, a recaída batia em sua porta. Em um desses momentos de dificuldade, conheceu Chan Man-Lok, um cafetão e traficante local que logo a recrutou para seus trabalhos.

Desesperada para alimentar sua compulsão por entorpecentes, Fan Man-Yee roubou a carteira de Man-Lok e tentou fugir com quase 4 mil dólares. Aquele ato seria crucial para o fim de sua vida. Ele logo mandou dois de seus capangas, Leung Shing-Cho e Leung Wai-Lun — a procura da jovem, que foi sequestrada e levada para seu apartamento. Sua intenção era forçá-la a se prostituir e pegar o dinheiro que ganharia como pagamento pelo que lhe foi furtado. Em pouco tempo, o plano ficou fora de controle.


                                                                           O assassinato

Sob o efeito de fortes drogas, o cafetão e seus subordinados decidiram que a prostituição forçada seria insuficiente para o pagamento da dívida, e começaram a torturá-la. A garota foi amarrada e espancada por longas sessões de martírio. Durante mais de um mês, ela foi submetida a vários horrores, das maneiras mais perversas que a mente humana seria capaz de imaginar: queimaduras na pele, longos períodos de estupro e até a ingestão forçada de fezes humanas.

Foi nessa parte da história que a garota de 14 anos conheceu Fan Man. Ela se relacionava sexualmente com Chan, desfrutando de todo luxo e estilo de vida que o traficante poderia lhe proporcionar. Em uma de suas visitas ao apartamento, ela encontrou a jovem amarrada e, a convite dele, participou de algumas agressões físicas.

Identificada com o pseudônimo de Ah Fong, a menina testemunhou os mais macabros métodos de tortura, em um deles, Man-Lok chutou por mais de 50 vezes a cabeça de Man-yee. Ao ser questionada por participar da tortura, ela disse que “fez por diversão e que queria saber como seria a sensação de machucar alguém”.


Depois de um mês sofrendo, a jovem finalmente pereceu. Os carrascos dizem que a mulher havia morrido por uma overdose de metanfetamina que ela própria administrava, embora muitos considerassem que os ferimentos foram o real motivo de sua morte. Essa dúvida permanecerá eterna. Isso porque depois de sua morte, os capangas carregaram o corpo para a banheira do apartamento e a desmembraram com uma serra.

Algumas partes do cadáver foram cozinhadas para evitar a decomposição natural e a emissão do cheiro podre da carne. Os restos foram descartados junto com o lixo da casa. Sua cabeça, no entanto, foi mantida como troféu.

Depois de fervê-la no fogão - e supostamente usarem os mesmo utensílios utilizados diariamente – eles costuraram seu crânio cozido em uma enorme boneca.

Além disso, alguns dentes e vários órgãos de Fan Man foram armazenados em um saco plástico.

                                                     O julgamento e as consequências


Em troca da proteção policial – o que só foi plausível pela idade da jovem – Ah Fong testemunhou contra Chan Man-lok e seus comparsas. Em busca de se livrar do fantasma que lhe assombrava, a jovem detalhou todos os momentos de tortura que os três homens participaram. Ambos foram condenados à prisão perpétua pelo crime, que ficou conhecido como o mais bárbaro de Hong Kong.

“Nunca em Hong Kong nos últimos anos em um tribunal se ouviu falar da tanta crueldade, depravação, insensibilidade, brutalidade, violência e barbaridade”, foram com essas palavras que o juiz Peter Nguyen sentenciou o fim dos três réus. “O público tem direito a proteção de pessoas como vocês”.


APARIÇÃO DE FANTASMA NO CASO ELOÁ #fantasmas #assombração