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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Vírus Chapare, vírus raro começa a provocar contágio e mortes na Bolívia.

Com o coronavirus chegando a uma nova onda em diversos países, a notícia divulgada recentemente por cientistas americanos e bolivianos não poderia ser mais preocupante: foi confirmada na Bolívia a primeira transmissão entre humanos do vírus Chapare, um microrganismo raro que pode levar à morte.


O vírus, que teria sido originalmente transmitidos para os humanos por um tipo de rato, foi identificado em 2004 na província boliviana de Chapare. Cientistas do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e do Centro Nacional de Doenças Tropicais da Bolívia confirmam que houve transmissão entre humanos em La Paz no ano passado: dos cinco infectados, três morreram.

De acordo com os cientistas do CDC, o "novo" vírus é da família viral arenavírus, capaz de causar febres hemorrágicas como as de ebola e dengue. A transmissão desse tipo de organismo geralmente ocorre por contato direto de pessoas com roedores infectados ou de forma indireta através da urina ou das fezes do roedor doente.

O que se sabe até agora sobre o vírus Chapare

Pouco se sabe sobre o Chapare, a não ser que causa sintomas parecidos com os de dengue e ebola, culminando na febre hemorrágica, um grupo de manifestações geralmente graves e potencialmente fatais. De acordo com os trabalhos divulgados durante uma reunião da Sociedade Americana de Medicina e Higiene Tropical, os infectados em 2019 tiveram, além de febre, dores abdominais, vômitos, sangramento nas gengivas, erupções cutâneas e dor atrás dos olhos.

Em 2019, os dois pacientes infectados pelo Chapare transmitiram o vírus para três médicos colombianos — dois deles morreram, assim como um dos pacientes. O fato levou os pesquisadores a afirmarem que a transmissão deve ter ocorrido por fluidos corporais.

No caso de uma pandemia, os vírus transmitidos por fluidos corporais costumam ser mais fáceis de serem controlados do que aqueles transportados pelo ar, como o novo coronavírus. No entanto, isso não significa que eles não sejam perigosos, como alertam os cientistas.

Canal Aliena Mundi

https://www.youtube.com/c/ALIENAMUNDI



 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Césio 137 o maior acidente radioativo do Brasil!!!

O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987. Quando  um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Góias.  Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na escala internacional de acidentes nucleares, que vai de zero a sete, em que o menor valor corresponde a um desvio, sem significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves.


O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro-velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com césio 137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares além de ser considerado também o maior incidente envolvendo uma fonte radioativa desde sempre.

A contaminação em Goiânia originou-se de uma cápsula que continha cloreto de césio, um sal obtido a partir do radioisótopo 137 do elemento químico césio. A cápsula radioativa era parte de um equipamento radioterapêutico onde, dentro deste, encontrava-se revestida por uma caixa protetora de aço e chumbo. Essa caixa protetora possuía uma janela feita de irídio, que permitia a passagem da radiação para o exterior. A caixa contendo a cápsula radioativa estava, por sua vez, posicionada num contentor giratório que dispunha de um colimador. Este servia para direcionar o feixe radioativo, bem como para controlar a sua intensidade.


Não se pôde conhecer ao certo o número de série da fonte radioativa, mas pensa-se que ela tenha sido produzida por volta de 1970 pelo laboratório nacional de Oak  Ridge,  nos Estados unidos. O material radioativo dentro da cápsula totalizava 0,093 kg, e a sua radioatividade era, à época do acidente, de 50,9 TBg  (= 1 375 Ci).