Dentro dos conceitos de Magia Sexual e da Magia Sexual dual manifesta no homem e na mulher, encontram-se as chaves para diversas práticas ou processos que envolvem transformação energética, êxtase espiritual, equilíbrio energético, expansão da consciência, harmonização dos chakras, descarga de energias, proteção, saúde física e mental, entre tantas outras coisas. Existem muitas vertentes ou práticas dentro da Magia Sexual, sendo comum as que fazem uso de mantras, mentalizações, posturas sexuais, posições das mãos, entre outras. Os objetivos (que também são diversos) podem incluir a expansão da consciência, a operação mágica com um ideal específico, a saúde física ou simplesmente um êxtase sexual superior.
Na Magia Sexual, a prática pode se dar inicialmente pela masturbação, onde o magista aproveita a força do orgasmo para alimentar uma operação mágica, uma egrégora ou alguma coisa no plano astral. Num outro nível, casais heterossexuais utilizam a energia expressa nos fluídos sexuais para nutrir um objetivo em comum. Por serem duas pessoas, é um trabalho que exige bastante sintonia e forte controle mental, para que ambos estejam integrados, realizando durante o sexo a consumação de seus ideais, suas operações mágicas, suas egrégoras, construções no plano astral (ou em outros), etc. Alguns trabalhos de Magia Sexual se baseiam na prática homossexual, por conta da necessidade da emanação e recepção do “phallus” (energia ativa masculina) que é, obviamente, realizada apenas pelo homem, pois a mulher fica restrita à “kteis” (energia passiva feminina).
O sucesso das práticas de Magia Sexual, quando na criação de uma imagem ou “criança mágica” depende exatamente da capacidade de manter firme a concentração e visualização daquilo que se almeja, de forma que em certo momento só haja isso na mente. Quando a imagem está falha ou fraca, pode abrir brecha pra influências negativas, que permeiam os contextos do erotismo e do sexo.
Em diversas tradições, a mulher figura como aquela que gera a vida. Por ser icônico neste sentido, muitos rituais são baseados neste aspecto do Sagrado Feminino. Independente disso, diversos rituais fazem uso de sangue menstrual, por conta da forte carga energética ali contida e do aspecto feminino atrelado. Em alguns casos esse sangue é absorvido ou manipulado para carregar energeticamente um objeto ou mesmo uma poção, como também nutrir o corpo físico de outro, o plano astral, uma egrégora ou operação mágica. A prática de sexo durante a menstruação é um poderoso contato com essas energias, sendo a mistura de sêmen e sangue menstrual um poderoso composto mágico. Também são utilizados em cerimônias de Magia Sexual, os fluídos que a estimulação sexual produz.
Quando se estimula os mamilos na mulher, a glândula pituitária libera um hormônio que ativa as contrações uterinas, ativando a circulação de certos fluídos no canal vaginal. Assim se percebe que todas as partes erógenas tem suas devidas funções dentro de um sistema complexo. O próprio clitóris é um órgão que está atrelado à um poderoso vórtice de energia, tendo importante papel na criação das condições adequadas (do ponto de vista energético / místico) para a prática da Magia Sexual.
Os intervalos de penetração durante o sexo (ou ritmo sexual) são expressão da sintonia ou da tentativa de sintonizar as energias masculinas e femininas que estão em contato durante a cópula. Quando se atinge uma harmonia entre as partes, há uma intensa conexão por meio das forças magnéticas e elétricas, com base na oposição dos pólos positivos e negativos, masculinos e femininos, compondo uma corrente de energia poderosa. Diz-se que durante o sexo “místico”, chamas em um tom de vermelho púrpuro, envolve o casal durante esse transe sexual. Essa integração do sexo com o psíquico é o que permite o carregamento energético dos gânglios cérebro-espinhais ligados à glândula pineal, promovendo assim todos os efeitos maiores conhecidos, por meio do sétimo chakra que, por sua vez, gerencia todos os demais. Uma das práticas de integração energética durante o sexo, consiste em unir a mão esquerda do homem com a mão direita da mulher, enquanto o pé direito do homem faz contato com o pé esquerdo da mulher.
O corpo precisa ser visto como a manifestação condensada da alma e, portanto, um templo, onde o erotismo é parte da expressão natural e divina. Ao erotismo ou às práticas sexuais, não devemos vincular nenhuma conotação pejorativa de pecado, impureza, tabu, vergonha, etc. O sexo é uma poderosa chave e/ou ferramenta para nossa vida espiritual, para nossa psique, nosso corpo físico e para o aspecto supremo (ou divino) da vida. Não é por menos que todos os grandes mistérios estão baseados na complexidade dessas realidades e práticas, presentes em praticamente todas as religiões ou ordens iniciáticas.
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