Enquanto o ser está encarnado, o perispírito liga-se ao corpo físico por ligações sutis, célula a célula e, com maior intensidade, em locais que correspondem no perispírito aos centros de força que outras doutrinas chamam de chacras. Quando o início do processo de desencarnação se dá, essas ligações vão sendo aos poucos rompidas até que o perispírito encontre-se outra vez completamente livre.
O
tempo que o processo todo leva e a forma como esses laços são
rompidos depende do estado psicológico e moral do indivíduo,
da forma como o processo é disparado e do estado psicológico daqueles que o
acompanham.
Em
uma pessoa materialista, com forte apego ao próprio corpo e às coisas
mundanas, o processo de desligamento pode durar mais tempo que o normal pelo
fato de ele não aceitar ou identificar a nova realidade em que se encontra. Em
uma outra pessoa, espiritualizada e em estado psicológico equilibrado, o
processo pode ser bem mais rápido pelo fato de ela saber o que vai ocorrer e
esperar o acontecimento em paz consigo mesma. Já nos casos de morte súbita, o
processo pode ser quase instantâneo, como se o corpo físico expulsasse o
perispírito com violência.
Para
que o processo se dê com mais tranquilidade para o desencarnante é importante
que os seus familiares e os amigos que o acompanham não exerçam pressão
psicológica sobre ele, tentando se manter equilibrados e confiantes no bom
desfecho.