Anneliese
Michel nasceu em Leiblfing, no estado federal alemão
da Baviera, mas foi criada com as suas três irmãs no pequeno
município de Klingenberg am Main. Seus
pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma educação profundamente católica. O pai de
Anneliese mantinha a família trabalhando em uma serraria.Quando tinha dezesseis
anos, Anneliese sofreu uma grave convulsão e foi diagnosticada com epilepsia.Logo, ela também começou a ter alucinações enquanto
rezava. Em 1973, ela sofria de depressão e começou a ouvir vozes que
diziam que ela estava "condenada"e que iria "apodrecer no
inferno".
Em 1973,
Anneliese estava sofrendo de depressão e
considerando o suicídio. O seu comportamento
tornou-se cada vez mais bizarro. Ela andava nua pela casa, fazia suas
necessidades em qualquer lugar, rasgava suas roupas, comia insetos como moscas e aranhas, carvão e chegou a beber sua própria urina.
Anneliese fez
uma peregrinação a San Damiano com um
bom amigo da família, Thea Hein, que regularmente organizava peregrinações para
"lugares santos" não reconhecidos oficialmente pela Igreja Católica. Como
Anneliese era incapaz de passar por um crucifixo e se recusava beber a água de
uma nascente sagrada, seu acompanhante concluiu que ela estava sofrendo
de possessão demoníaca. Tanto
Anneliese quanto sua família se convenceram de que ela estava realmente
possuída e consultaram vários sacerdotes, pedindo um exorcismo. Os sacerdotes se recusaram, recomendaram a
continuação do tratamento médico e informaram à família que para a realização
de exorcismo era necessária a permissão de um bispo.
Eventualmente, em uma cidade próxima, se depararam com vigário Ernst Alt, que,
depois de ver Anneliese, declarou que ela não "parecia uma
epiléptica" e que ele não a via tendo convulsões. Ele acreditava que
a menina estava sofrendo uma possessão demoníaca. Alt pediu ao bispo para
permitir um exorcismo. Em setembro de 1975, o bispo Josef Stangl concedeu uma
permissão ao Padre Renz para exorcizar Anneliese de acordo com o Rituale Romanum de 1614, mas ordenou total sigilo
sobre o caso. Renz realizara a primeira sessão em 24 de setembro.
Uma vez
convencidos de sua possessão, Anneliese, seus pais e os exorcistas pararam de
procurar tratamento médico e colocoram seu destino nas mãos apenas dos ritos de
exorcismo. Sessenta e sete sessões de exorcismo, uma ou duas por semanas, com
duração de até quatro horas, foram realizadas durante cerca de 10 meses em 1975
e 1976. Em algum momento, Michel começou a falar cada vez mais sobre a morte
para expiar a juventude rebelde do dia e os padres apóstatas da igreja moderna e se recusou a comer. A
pedido da própria Anneliese, os médicos não estavam mais sendo consultados.
Em 1 de julho
de 1976, Anneliese morreu durante o sono. O relatório da autópsia indicou a
causa da morte foi desnutrição e desidratação de quase um ano de semi-inanição, enquanto os rituais de exorcismo eram realizadas.
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