Jacob Wetterling, de 11 anos, foi sequestrado quando andava de bicicleta na zona rural de Minnesota, nos EUA. Vinte sete anos depois de seu desaparecimento, seu corpo foi encontrado e o assassino, um pedófilo que colecionava pornografia infantil, confessou o crime.
Desde que Jacob foi levado por um homem mascarado e armado, em outubro de 1989, ninguém nunca havia sido preso ou processado pelo crime. Seu desaparecimento, contudo, causou grande comoção no Estado e provocou mudanças nas leis de registro de criminosos sexuais nos EUA.
Danny Heinrich, de 53 anos, inicialmente havia sido identificado pela polícia como "uma pessoa de interesse", que poderia ajudar a desvendar o sequestro de Jacob, cujo corpo foi localizado no fim de semana.
Nesta terça-feira (06-09-16), durante um julgamento em que respondia a acusações de possuir imagens de pornografia infantil, Heinrich confessou ter sequestrado e matado o garoto.
Ele revelou detalhes de como levou, abusou e matou Jacob. Ele também se declarou culpado pela outra acusação.
A confissão
A imprensa local descreveu o depoimento de Heinrich como "estarrecedor".
Diante de um juiz e de um auditório lotado, onde estavam presentes os pais de Jacob, Heinrich, ao ser perguntado se tinha alguma relação com o crime ocorrido há 27 anos, decidiu contar como tudo aconteceu.
Jacob andava de bicicleta com o irmão e um amigo numa estrada da zona rural próximo onde morava, no Minnesota. Usando uma máscara e armado com um revólver, Heinrich abordou os três garotos. O agressor pegou Jacob e mandou os outros dois garotos correrem sem olhar para trás.
Enquanto os meninos fugiam, ele algemou Jacob e o colocou no carro.
"O que eu fiz de errado?", perguntou Jacob, enquanto era levado pelo sequestrador. Ele foi abusado sexualmente num local próximo à casa do agressor que, à época, vivia com o pai.
Heinrich contou que entrou em pânico quando viu as luzes e ouviu as sirenes dos carros da polícia, que passaram próximo ao local onde ele molestou o garoto. Enquanto carregava o revólver, disse a Jacob que voltaria logo.
Ao invés de sair, Heinrich atirou no menino. De acordo com o jornal americanoWashington Post, foram três tiros. O primeiro falhou. O segundo acertou atrás da cabeça e um terceiro tiro levou em definitivo a vida do garoto.
Ele foi enterrado pelo próprio Heinrich a menos de 100 metros do local onde foi morto.
Ainda segundo a imprensa norte-americana, um ano depois do crime, o assassino notou que a jaqueta vermelha de Jacob estava à vista. Ele decidiu desenterrar os restos mortais do garoto e os escondeu novamente numa fazenda próxima.
Suspeito desde o início
Desde o desaparecimento de Jacob, Heinrich sempre esteve no radar dos investigadores. Ele chegou a ser interrogado logo após o sequestro, mas a polícia norte-americana nunca encontrou evidências suficientes para incriminá-lo.
O caso, contudo, nunca foi arquivado. Em 2014, a polícia revisou outro crime que travava de agressão sexual contra uma criança de 12 anos. Esse segundo caso ocorreu nove meses antes do desaparecimento de Jacob e havia suspeitas de que estavam conectados.