Os relatos mais conhecidos da mumificação dos mortos de Anga é baseados
nos contos do explorador britânico Charles Higginson, que foi a primeira pessoa
que documentou o processo de defumação dos corpos, em 1907. Descreveu a tribo
Anga como selvagens e sanguinários e que os parentes dos mortos lambiam as
entranhas dos falecidos durante o processo de defumação. Depois que o corpo
esteja defumado e seco, é coberto com ocre, uma argila vermelha colorida pelo
óxido de ferro, para proteger os corpos do elementos naturais. Mesmo nas
condições climáticas sufocantes de Papua Nova Guiné, que normalmente aceleram a
decomposição de cadáveres, o processo de mumificação do povo Anga, funciona
muito bem. Alguns cadáveres que estão nas encostas das montanhas são da época
da Primeira Guerra Mundial, mortos em conflitos com a chegada dos primeiros
missionários em Aseki, onde os missionários mataram alguns aldeões, e isso
provocou uma série de assassinatos como vingança e só terminou quando os
missionários pediram a paz em troca de presentes. As mumificações chegaram ao
fim em 1949, quando os missionários finalmente, converteram o povo Anga ao
cristianismo. As múmias remanescentes agora são cuidadosamente preservadas por
aldeões que realizam periodicamente o serviço de restauração, sempre que uma
delas ameaça cair de suas bases. Eles utilizam suportes para manter as múmias
nos lugares e usam seiva aquecida de uma determinada árvore como cola. As
múmias Anga podem ser encontradas em várias aldeias do Distrito de Aseki, mas a
tribo Anga não é a única que defumam seus mortos. Esse tipo de mumificação
também era praticada pelos filipinos, na cidade de Kabayan.
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