Antigamente, acreditava-se que os mortos não podiam ser sepultados sem que suas mãos estivessem juntas, com os dedos entrelaçados. As mãos unidas dentro da urna, popularmente conhecida como “caixão”, indicavam a súplica daquele corpo, para que sua alma fosse levada à um lugar de paz. Acreditava-se também, que os corpos sepultados com as mãos soltas no caixão, sofreriam uma maldição eterna e suas respectivas almas iriam penar por toda a eternidade, daí se popularizou o termo “alma penada”, que nada mais é do que espíritos que aparecem para os vivos, da mesma forma em que foram enterrados. Acredita-se que, a lenda da Mulher das Mãos Secas, tenha surgido a partir dessa crença, quando uma mulher muito rica, moradora da cidade de Ávila, na Espanha dos anos 30, teria sido sepultada com as mãos soltas, dispostas em formato de cruz. Como era tida como pecadora por não ter casado na igreja, foi sepultada com um véu mortuário para que seu rosto não fosse lembrado pelas gerações que viriam depois dela. Porém, uma foto post-mortem eternizou a lenda da tal mulher, pois até hoje, dizem por todo o mundo que, ao olhar diretamente para as mãos soltas do cadáver na foto, a impressão é de que os dedos se movem.
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