Uma equipe de
três mecânicos de Salta, que havia concorrido a efetuar o resgate da van de uma
expedição científica canadense avariada no setor chileno da região andina que
se limita com as províncias de Salta e Jujuy, viveu uma insólita experiência:
um objeto voador não identificado (OVNI), de grande tamanho, esférico e de uma
“luminosidade impressionantemente branca“, os seguiu durante mais duas horas,
numa reta que une as localidades de Susques com Purmamarca, no caminho do Paso
Internacional de Jama. “Jamais havia sentido tanto medo. Essa coisa não era
deste mundo. Se movia a uma velocidade impossível e numa ocasião, se aproximou
tanto de nós que pensamos que ia nos bater“, relatou Raúl Eduardo Oviedo Tomás,
da oficina saltenha “Forani”. Os norte-americanos estavam parados em San Pedro
de Atacama. Encabeçados pela doutora Randall, realizavam um levantamento da
flora da cordilheira.
“Saímos no
sábado (15/10/2003) às 4h45min de Salta, rumo à cordilheira. Solicitei a dois
amigos -Marcos Figueroa e Alejandro- que me acompanhassem para não efetuar o
trabalho nem a viagem solitário. Era a primeira vez que percorreria esses
caminhos. E, realmente, fiquei impressionado. Não só pela paisagem ou pela
desolação, mas pela dificuldade.
Tem que subir
-exemplificou- para chegar ao Chile, uma encosta de mais de 70 quilômetros de
comprimento, que pode destruir o motor de qualquer unidade conduzida por um
neófito“, começou seu relato Oviedo Tomás, de 37 anos e físico atlético.
Logo,
continuou: “Chegamos a San Pedro de Atacama ali pelas 14h do mesmo dia. Porém,
no lugar, nos demos conta que seria impossível rebocar o micro-ônibus canadense
com minha camioneta Chevrolet S10 de cabine dupla: pesava mais de 5.000 quilos
e nos bastou apreciar sua estrutura e equipamento para determinar que a única
forma de movê-lo dali seria com o uso de um caminhão-guincho ou similar. Por
isso, decidimos regressar“, contou o mecânico.
O EPISÓDIO
Sem vacilar
na sua narração, aspirando profundas tragadas de cigarro, Oviedo Tomás
prosseguiu: “O caminho no setor argentino é realmente espantoso, sobretudo pelo
contraste com o lado chileno que é uma mesa de bilhar asfaltada, com
sinalização e marcações viárias.
A tal ponto,
que antes de chegar a Susques, as pedras nos arrebentaram um pneu, o que
determinou que faríamos angustiados essa parte da travessia porque não tínhamos
mais outro estepe. Pensávamos repará-lo na vila de Susques porém o borracheiro
estava viajando, de modo que devíamos continuar assim mesmo. Pelas 20h, saímos
de Susques em direção a Purmamarca. Íamos escutando música e comentando a
impressionante solidão e escuridão desta zona, que é uma planície na altura. De
repente, as luzes e o rádio se apagaram. Freei porque a escuridão era tal que
não se via nada de nada. “Deixa de brincar”, me disse Alejandro que ia no
assento traseiro.
Enquanto
isso, eu mexia em todos os botões para ver o que havia acontecido. Nada
funcionava, só o motor. Então, pelo lado direito e não sei a que distância, vi
una luz estranha. Era uma pequena esfera que irradiava um facho branco intenso.
“Estão vendo isso?”, perguntou Marcos. Não consegui responder, ainda que pensei
que era o que chamam a “luz má”, porque começou a mover-se velozmente em
direção a nós, até que se fez enorme. Se deteve e ficou estática. “Não olhem”,
disse a meus amigos, ainda que não sei por que. De improviso, as luzes e o
rádio se acenderam. Acelerei e imprimi a maior velocidade possível à camioneta.
Entretanto, “aquilo” começou a voar, numa linha reta perfeita, em direção
paralela. Não emitia nem um só ruído. De repente, tomou velocidade e em menos
de um segundo, se perdeu no fundo da planície.
Ficamos
calados, sem fazer nem um só comentário, só nos perguntando várias vezes:
“Viram aquilo, viram aquilo?”. Seguimos em silêncio, ainda que não por muito
tempo, porque depois sucederam coisas que são inacreditáveis.
“ACREDITAMOS
QUE TINHA CHEGADO A NOSSA HORA”
Depois da
primeira experiência com a luminosidade esférica que os seguia de forma
paralela, os passageiros da S10 continuaram em silêncio absoluto.
“É que –
assinalou Oviedo Tomás – não tínhamos nenhuma explicação para este estranho
fenômeno. Este tipo de luz, por sua intensidade e brancura, eu jamais tinha
visto antes,e meus companheiros tampouco. E as coisas desconhecidas sempre dão
um pouco de medo.” confessou.
E continuou:
“Estávamos tensos depois que o OVNI desapareceu na imensidão da noite. Voltamos
a ligar o rádio e escutar música. Porém não havia se passado 20 minutos quando
novamente as luzes foram cortadas e o receptor de rádio deixou de emitir.
Fiquei nervoso e comecei, como da outra vez, a mexer nos botões. Um grito me
fez tirar os olhos do painel morto. “Olha lá” disse Alejandro. E vimos que
agora, sobre o lado esquerdo, havia reaparecido a esfera. As luzes e o rádio
surpreendentemente começaram a funcionar e eu aproveitei para apertar o
acelerador até o fundo, embora fosse inútil. Essa coisa “caminhava” ao nosso
lado, com sua forte luminosidade, em um vôo fluído e tão exato que dava a
impressão de ir se deslocando sobre um trilho invisível estendido no espaço.
Assim, com a angústia de não saber o que podia acontecer, andamos 15 minutos
até que, igual à ocasião anterior, a esfera adquiriu uma velocidade descomunal
e se fez mais pequena até desaparecer. A esta altura íamos mudos, embora creia
que todos pensássemos o mesmo “Quando m… sairemos deste maldito lugar?!”
Estávamos nisso quando meu sangue gelou, porque a luz reapareceu. E agora não
pelos lados, mas de frente. Parecia que vinha para cima de nós a toda e em
menos de dois segundos já havia adquirido dimensões gigantescas. Acreditei que
ia nos bater ou nos tragar. De qualquer forma, pensei que íamos morrer. No
entanto aconteceu o mais incrível: se deteve diante de nós, de chofre. Não sei
a que distância pois a intensidade da luz e a imensidão da esfera deixava
impossível fazer algum cálculo. E ali esteve alguns instantes, como que nos
observando, até que saiu em disparada e se esfumou no céu. Não a vimos mais e
não fizemos nenhum comentário até chegar em Salta. Só direi um coisa apenas: na
cordilheira, nesta zona, voltaria se necessário. Mas de noite…nunca mais!”
Fonte: El
Tribuno
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