domingo, 23 de fevereiro de 2020

Ex-policial que transformava suas vitímas em linguiça!!!


No século 19, em Santa Catarina, o catarinense José Ramos fez parte de alguns dos assassinatos mais brutais na história do Brasil. Quando ainda era jovem, ele teria assassinado seu pai enquanto defendia sua mãe de ser violentada fisicamente pelo mesmo. Filho de uma índia com um soldado português combatente na Guerra dos Farrapos (1835-1845), José Ramos nasceu em Santa Catarina. Suspeita-se que ele matou o próprio pai ao defender a mãe de maus-tratos. Após o incidente, mudou-se para Porto Alegre e se tornou um policial truculento. Mesmo assim, era conhecido como um cavalheiro, gentil e apreciador de teatro, Entretanto, acabou sendo exonerado por ser pego no flagra tentando degolar o famoso bandido Domingos José da Costa, e passou a atuar apenas como informante da polícia.

Em 1883, Ramos mantinha um relacionamento com a húngara Catarina Paulsen. Juntos, iniciaram uma série de crimes. Frequentavam bons locais públicos e checavam, com antecedência, quais homens ali eram ricos e poderiam ser seduzidos por Catarina. A preferência era por estrangeiros, já que Catarina não falava português. Então, ela os levava ao casarão de um cúmplice, Carl Claussner, na Rua do Arvoredo onde hoje é a atual Rua Coronel Fernandes Machado, chegando lá, José era o responsável por roubar seus pertences, antes de matá-las, as degolando, esquartejando e descarnando.
Para conseguirem encobrir os crimes, Carlos teria sugerido para que transformassem as carnes das pessoas mortas em linguiças, que passariam a ser vendidas no açougue do homem.


Eles temperavam e misturavam com carne bovina antes de colocá-las à venda. O trio de criminosos, no entanto, não comia nada do que produziam, e acabavam queimando os ossos e outros restos mortais.
Em agosto do mesmo ano, inúmeros desaparecimentos começaram a ser relatados pela cidade, deixando a população e as autoridades em alerta. Assustado com a situação, Carlos teria dito que não estava feliz e queria se mudar para o Uruguai.

Com medo de que o seu cúmplice fizesse algo que os incriminasse, José acabou matando o parceiro e o enterrou no quintal do próprio açougue, e tomou posse junto de Catarina das propriedades do homem. Quando eram perguntados sobre o que aconteceu, apenas respondiam que haviam comprado tanto a casa quanto a loja, após o assassinato de Claussner, o negócio de linguiças humanas foi por água abaixo já que nenhum dos dois tinha a habilidade de fabricá-las. Em 1864, a polícia começou a suspeitar do casal após o desaparecimento do caixeiro-viajante José Ignacio de Souza Ávila, e do comerciante português Januário Martins Ramos da Silva, que haviam sido vistos na casa deles na noite anterior.

Arrependida, Paulsen relatou as últimas mortes à polícia: um senhor chamado Januário, um comerciante português e seu auxiliar, um garoto e todos que foram enterrados no quintal do açougue. Ela confessou também que Claussner foi morto. Com a morte do açougueiro, a fabricação de linguiças humanas acabou, pois o casal não tinha expertise para isso, Catarina, que já havia sido presa outras vezes, acabou confessando tudo. Em 1864, a mulher foi condenada a 13 anos com trabalhos forçados, e José acabou sendo sentenciado à morte por enforcamento, que acabou sendo mudada para prisão perpétua.


Descobriu-se que, além das três vítimas, outras seis, que também viraram linguiça, tiveram seus restos enterrados no quintal. Em 1864, após um longo julgamento, Ramos e Paulsen foram condenados. Ele, foi condenado à morte, há relatos de que Ramos foi avistado livre após a condenação. Possivelmente, ele foi solto, o que era comum na época. Dom Pedro 2º, que governava o Brasil naquele tempo, abominava a pena de morte e distribuía indultos por causa de motivos políticos a certos condenados.


O homem negou todos os seus crimes até sua morte, em 1893, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Já Paulsen, acabou sendo liberada após cumprir sua sentença, em 6 de maio de 1891. Apesar das crueldades dos crimes, eles só tiveram grande repercussão na mídia internacional, mas não na brasileira.








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